A imprensa golpista vem dando grande destaque, como se fosse um fato positivo, à reestruturação que está sendo implantada pela direção do Banco do Brasil com o fechamento de 361 unidades de atendimento, 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento e a demissão, através dos famigerados Planos de Demissões “Voluntárias”, de mais de 5 mil trabalhadores.
Além dessas medidas o banco mudou a forma de remuneração dos Caixas Executivos, que tem como característica principal o fim da efetividade da gratificação, o funcionário só receberá o valor das horas trabalhadas quando exercida a função.
Com fechamento dos postos de atendimento ocorreram o descomissionamento em massa, que acarretou a uma redução dos vencimentos dos atingidos, que pode chegar até 50%, além da transferência compulsória de trabalhadores para outras cidades.
Se já não bastasse o nível de ataques, banco, no último dia 12 de fevereiro, anunciou o lucro líquido adquirido no ano de 2020 e, mesmo apresentando um lucro astronômico no valor de R$ 13,9 bilhões, a direção da empresa, passando por cima de acordo firmado com as organizações sindicais em não demitir enquanto durasse a pandemia do coronavírus, anunciou também o número de trabalhadores demitidos nesse período. Foram 1.517 bancários jogados no olho da rua em plena pandemia.
Os bancários, que convivem diariamente com as péssimas condições de trabalho, tendo um grande número de doentes nos setores e do constante assédio sofrido pela categoria, diante da voracidade por lucros dos banqueiros e seus serviçais e, além de sofrerem com a falta de materiais, a falta de funcionários e o aumento considerável de carga de trabalho, onde a cada dia os chefes estão exigindo mais dos trabalhadores, submetendo-os ao regime de chicote para cumprir metas cada vez mais exigentes, mesmo sem as condições mínimas para isso, os banqueiros, setor mais parasitário da economia, vem demitindo em massas os trabalhadores bancários.
A situação dos funcionários do BB não é um caso isolado, Caixa Econômica, Bancos Estaduais, BNDES, bancos privados, os trabalhadores estão sendo chamados a entregar os seus próprios empregos para satisfazer os interesses desses parasitas num momento de crise econômica aguda do capitalismo.
A única maneira de lutar contra a verdadeira expropriação que os capitalistas estão promovendo dos recursos dos trabalhadores, é a mobilização independente de toda a classe operária, contra as demissões e pela conquista da estabilidade do emprego.
É necessário organizar, imediatamente, uma gigantesca mobilização contra a política de demissões na categoria que visa única e exclusivamente encher os bolsos dos banqueiros sanguessugas, verdadeiros parasitas dos trabalhadores e de toda a população