Depois de deliberado na Plenária Nacional do Bloco Vermelho, nos dias 6 e 7 de novembro em São Paulo, que, além do grande ato, que aconteceu na Avenida Paulista, foi deliberado um novo ato, também na Av. Paulista, para o último dia 12 de dezembro.
Esse novo ato, fruto das discussões dos grupos na Plenária Nacional do Bloco Vermelho, grupos esses divididos em diversos movimentos: mulheres, negros, luta pela terra e moradia, juventude e o sindical que, nas intensas discussões, se pautou várias resoluções sobre a necessidade da luta dos trabalhadores, que estão sendo violentamente atacados pelos golpistas e seus governos, além, claro, da principal pauta a ser levado às ruas: Fora Bolsonaro; Lula Presidente.
Os trabalhadores bancários, a cada dia que passa, vêm-se em uma situação insuportável em relação às já precárias condições de vida. É fato que o governo ilegítimo Bolsonaro não tem solução para a profunda crise econômica do País, expressão da grave crise de conjunto da economia capitalista mundial. Para salvar da bancarrota os lucros de um punhado de ricos banqueiros, industriais, latifundiários, especuladores e parasitas de toda a sorte, e tentar conter a crise política de seu governo (expressão de interesses divergentes, e mesmo antagônicos entre setores principais da burguesia, como os do grande capital financeiro e do grande capital nacional) tudo que o governos reacionário tem a oferecer à classe trabalhadora são os ataques cada vez mais violentos às já duras condições de vida: arrocho salarial, demissões, aumento de impostos, ataques às aposentadorias e aos direitos trabalhistas, privatizações, terceirizações, destruição da Previdência, sucateamento da Educação, Saúde, etc. Não importam os jargões que se adotem para os “modelos econômicos” da burguesia, a essência da política e dos planos econômicos dos diversos governos capitalistas é sempre a mesma: lançar sobre as costas dos trabalhadores e do conjunto da população explorada todo o ônus da especulação e da orgia capitalista nacional e internacional.
E é nesse sentido que a luta da categoria bancária, na pauta de discussão na Plenária do Bloco Vermelho, é de extrema importância. A pauta está voltada para a luta em defesa das necessidades mais sentidas da categoria que, passa antes de tudo por um aumento real; da luta contra as demissões, PDV’s (Programa de Demissão “Voluntária”); contra as reestruturações, que vem fechado centenas de agências e dependências bancárias, com a perda de funções de milhares de trabalhadores e a transferência compulsória de funcionários, transformando a vida do bancário e de suas famílias num verdadeiro caos; contra a política de privatizações dos bancos públicos, etc.
No momento, a única forma de barra a ofensiva dos banqueiros e seus governos, e arrancar as reivindicações da categoria, é unificar os trabalhadores bancários e preparar um forte movimento nacional de oposição à ofensiva reacionária dos banqueiros.
Nesse sentido o ato do dia 12 de dezembro na Av. Paulista, com a participação de dezenas de organizações populares, decidiu que, além da luta pela as reivindicações fundamentais da classe trabalhadora, para derrotar o golpe, levantar uma campanha em favor da candidatura do ex-presidente Lula para toda a população e em todos os locais de trabalho. Criar comitês de lutas em cada dependência bancária, em torno da palavra de ordem Lula presidente.
Os banqueiros, nacionais e internacionais, foram os principais financiadores do golpe de Estado que derrubou, com a farsa o impeachment no reacionário Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente e, é claro que esses mesmos golpistas não querem de forma nenhuma entregar os rumos do país para um governo popular, principalmente na América Latina. Da mesma forma que fizeram nas ilegítimas eleições de 2018, com a farsa da prisão do ex-presidente Lula, que acabou alçando um fascista com presidente da República, querem repetir a dose nas próximas eleições.
O Ato do Bloco Vermelho do dia 12 de dezembro é mais uma demonstração que os trabalhadores não estão dispostos a tolerar a ofensiva da direita golpista e, que pretendem se armar politicamente contra mais essa ofensiva reacionária no campo eleitoral.


