No último sábado, dia 24, centenas de cidades voltaram a registrar atos pelo Fora Bolsonaro de norte a sul do País. No exterior, a comunidade brasileira de vários países também se manifestou contra o governo golpista neste que foi o quarto grande dia de mobilização pelo Fora Bolsonaro.
Apesar de todas as investidas da burguesia contra o movimento, os atos do último sábado (24) comprovaram a sua combatividade e a superioridade implacável da esquerda. Mesmo havendo a ocorrência de alguns poucos direitistas que apareceram nas manifestações – sempre muito bem protegidos para não serem hostilizados -, o vermelho se impôs como a verdadeira cor dos atos. De todos os ângulos, as bandeiras que mais apareciam eram aquelas que representam o conjunto da classe operária, a única verdadeiramente interessada em derrubar o governo: MST, CUT, PCO, PT etc.
No dia 3, o vermelho já havia imposto uma derrota ao verde e amarelo, ao azul e todas as cores da burguesia e do bolsonarismo que tentavam se passar por “democráticos”. Dessa vez, não só o vermelho se impôs como os blocos vermelhos, que organizam os setores mais combativos do movimento, aumentaram de maneira expressiva.
No Rio de Janeiro, o Bloco Vermelho estreou a faixa de 30 metros quadrados do Partido da Causa Operária, que se destacou ao longo de toda a manifestação. A faixa área Fora Bolsonaro, com mais de 300 metros quadrados, completou o grande bloco formado por companheiros do PCO, do PT e do movimento popular. E tudo isso, é claro, com o batuque da Bateria Zumbi dos Palmares.
Em Brasília, a faixa do PCO também fez sua estreia, arrastando uma fileira de militantes gritando, em alto e bom som: “Brasil, urgente, Lula presidente”.
Em Florianópolis, o Bloco Vermelho foi decisivo para a sobrevivência do movimento. No dia 17 de julho, por meio de uma manobra direitista e antidemocrática, orquestrada pelo PDT e pelo PCdoB, o Partido da Causa Operária foi expulso da “secretaria operativa” dos atos – isto é, a instância que se coloca como coordenação das manifestações. A manobra, como ficou claro, serve apenas aos interesses daqueles que querem entregar os atos para Ciro Gomes, FHC e o conjunto da direita.
Nas impressoras da burocracia da “operativa”, vale tudo. Mas na rua, quem manda é o povo. E é por isso que não só o PCO participou do ato em Floripa, como aumentou o seu bloco, levando grandes faixas do PCO e pelo Fora Bolsonaro, acompanhadas pela Bateria Zumbi dos Palmares.
Em Recife, o bloco vermelho dobrou de tamanho com a chegada da Bateria Zumbi dos Palmares. Foi a primeira cidade do Nordeste a estrear a bateria do bloco vermelho. Junto a isso, companheiros do PCO, do movimento popular e do PT, levaram as faixas vermelhas que caracterizam o bloco.
Em São Paulo, principal centro político do País, o bloco vermelho se transformou em um verdadeiro ato dentro do ato. O PCO levou seu próprio carro de som, que trazia faixas gigantes do partido e da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), faixas em apoio a Cuba, que está sofrendo nova ofensiva do imperialismo, faixas do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, várias bandeirinhas vermelhas, coletes vermelhos e, estreando, o seu próprio balão de ar, que flutuou pela Avenida Paulista durante todo o ato. Como de costume, a Bateria Zumbi dos Palmares arrastou todo o setor mais combativo do ato atrás de si.
Os blocos vermelhos demonstraram que o povo não quer sair de casa para eleger João Doria ou outro bandido qualquer em 2022. As ruas são do povo e ele só sairá de lá quando derrubar o governo e todo o regime.