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A culpa é do PT

As lamentações de uma fracassada

Bruna Brelaz, presidenta da UNE, promove um tricô com a Folha de São Paulo para propagandear a frente ampla e atacar a esquerda.

a esquerda de branco

Quando a esmola é muita o santo desconfia” diz a sabedoria popular. Por que será no último dia 15, Vera Magalhães escreveu uma matéria elogiando Ciro Gomes no O Globo? Por qual motivo a Folha de São Paulo entrevista docilmente a atual presidenta da UNE (União Nacional dos Estudantes) Bruna Brelaz? O normal, quando a grande imprensa trata da esquerda, é atacar, caluniar, perseguir; quando o tom da conversa é muito ameno, é mesmo o caso de se desconfiar.

A realidade está bem fácil de entender. A direita está fazendo um trabalho coordenado com a esquerda frente-amplista para viabilizar o candidato da ‘terceira via’ para a as presidenciais de 2022. Caberia a esses setores incensados pela grande mídia o trabalho de introduzir a direita “democrática”, verdadeiro cavalo de Troia, dentro do Movimento Fora Bolsonaro para então sequestrá-lo.

Faltou “combinar com os russos”

Uma coisa é o desejo, outra é a realidade. Apesar dos esforços do PCdoB e PSOL, que tentaram proibir faixas pró-Lula no último ato, mas convidaram até representantes do Itaú para falar no caminhão de som, a militância deixou bem claro que não quer saber de frente ampla. As vaias estrepitosas que a direita recebeu não deixam margem para dúvidas. Praticamente o plano da frente ampla fracassou. Em parte pelo repúdio unânime das massas e em parte pelo fato de a direita não ter conseguido levar ninguém para seu ato na avenida Paulista.

Mesmo o esquerdista mais sabujo está tendo dificuldade em defender a Terceira Via. Porém, nem tudo está ‘perdido’. Existe ainda uma função para esses setores direitistas dentro do Movimento, atacar o PT e dificultar uma ampla unidade da esquerda em torno da candidatura de Lula. Estamos assistindo agora uma tentativa de chantagem contra o ex-presidente. Partidos como o PSOL e PSB estão condicionando o apoio às presidenciais ao abandono da candidatura de Fernando Haddad ao governo de São Paulo. Vale lembrar que atacar Lula é uma maneira de tentar enfraquecer os setores mais combativos dentro nas manifestações. Dificilmente o PT abrirá mão de lançar um nome para o principal Estado do País. E isso poderá muito bem servir de desculpa para os chantagistas abandonarem o barco em 2022. O próximo vôo para Paris promete estar lotado.

Vejamos como foi o tricô entre Folha e Bruna Brelaz:

Logo de cara a matéria tenta dar o ar de que a moça democrática, se reuniu com Lula, FCH, subiu no palanque do MBL. E, apesar de um coração tão abnegado, a pobre foi chamada de nazista, e até de fascista. Ficou assustada ao ponto de temer sair às ruas, não por medo dos bolsonaristas, mas da própria esquerda. Segundo ela, “Essa rede de ódio precisa ser refletida pela esquerda”.

Em seguida, Bruna pede menos debate eleitoral (por que será que convidaram Ciro Gomes e ela participou do ato com João Doria?) e “mais gestos do PT e de Lula pelo impeachment, além de olho no ‘Brasil real’”. Ou seja, quer ‘dialogar com amplos setores’ mas ataca a esquerda.

O pingue-pongue segue na mesma toada: defesa da democracia, sem a união de todos (sem exceção – esquerda, direita e centro) não conseguiremos derrubar Bolsonaro; precisamos dos arrependidos; discordamos mas sentamos com os diferentes; precisamos abrir o coração para os antagonismos.

A Folha aproveitou para atacar, perguntou se existe um bolsonarismo na esquerda; uma milícia digital agressiva. PT pra lá e PT pra cá.

Esse é o papel da esquerda entreguista, dar munição para a direita, desqualificar a esquerda e tentar com isso inviabilizar a candidatura de Lula para a presidência. No entanto, esses setores são minoritários, estão na contramão do movimento, a esmagadora maioria daqueles que saem às ruas de vermelho não querem saber da direita nos atos. Por esse motivo, é necessário que se organize as manifestações pela base. A CUT e o PT devem garantir que os setores combativos tenham voz ativa no movimento, só isso pode assegurar a vitória para as lutas do próximo período.

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