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Expulsão dos EUA

Afeganistão: vitória do povo contra o imperialismo

Forças norte-americanas tiveram de deixar o país após a tomada de Cabul pelo Talibã

Com a derrota dos Estados Unidos no Afeganistão, a esquerda pequeno-burguesa inteira encontrou mil e uma desculpas para condenar o Talibã e a expulsão das tropas norte-americanas. Em outras palavras, para fazer uma frente única com o imperialismo contra o povo afegão.

Fora as habituais, de que os talibãs oprimem as mulheres, uma parte da esquerda lembrou que eles foram financiados pelos próprios EUA contra a URSS na década de 1980. Por isso, a luta dos talibãs contra o imperialismo não deveria ser apoiada.

Em todos os casos, o pretexto gira em torno de questões morais.

É preciso entender, em primeiro lugar, que o Talibã não é um movimento artificial. Ele foi, em um primeiro momento, apoiado pelo imperialismo, mas desde o início sempre teve profundas raízes na população afegã. Estabeleceu um acordo com os EUA, sem nunca ter sido verdadeiramente um fantoche do imperialismo.

Tanto é assim que, na virada dos anos 90 para os anos 2000, entrou em profunda contradição com o próprio imperialismo norte-americano, obrigando os EUA a invadirem o Afeganistão.

O governo imposto pelos invasores norte-americanos, ao contrário do que pode parecer para quem vê a atual campanha da imprensa imperialista e dos identitários, não era nada progressista. Continuou a opressão asfixiante contra as mulheres.

Isso porque os costumes conservadores não são exclusividade do Talibã. O Afeganistão é um dos países mais atrasados do mundo, conhecido como uma terra de pastores. Assim como em todo o Oriente Médio e parte da Ásia Central, é uma nação submetida à intensa opressão imperialista, que impede qualquer tipo de desenvolvimento.

É, portanto, uma sociedade atrasada, em que predominam costumes e tradições extremamente conservadores. O Talibã é apenas uma expressão disso.

Quando se vive a vida inteira submetido a todos os tipos de violência e humilhação, a reação só pode ser violenta. No Afeganistão, os soldados dos EUA e da OTAN perpetraram os piores tipos de barbaridades, como tortura, estupros, execuções sumárias etc.

Como a esquerda identitária gostaria que o Talibã e o povo afegão reagissem?

Por ser a principal força política que pegou em armas contra a invasão norte-americana, o Talibã recebeu grande apoio popular ─ inclusive por sua ideologia. Do contrário, não teria retomado o controle do país em tão curto período de tempo.

O Talibã é fruto da sociedade de um país atrasado e oprimido pelo imperialismo. Não poderia ser de outra forma.

A luta do Talibã tem um caráter tipicamente nacionalista. É um movimento que chama para si as tradições e cultura nacionais, com o apoio da população local que quer o imperialismo fora do país, e expulsa os invasores imperialistas.

A esquerda, os revolucionários e marxistas, os movimentos e organizações anti-imperialistas, não devem olhar a situação no Afeganistão de um ponto de vista moral, mas materialista.

Os EUA foram expulsos do Afeganistão. Essa é a realidade. Certamente é uma vitória do povo afegão e deve ser celebrada pelos povos de todo o mundo.

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