Após empatar com o Botafogo em seu último jogo, o Cruzeiro precisa de um milagre para voltar a série A do futebol brasileiro. O time tem 39 pontos na competição e está na 11ª posição. Para conseguir acesso, o time precisa vencer as oito partidas restantes e contar com outros resultados.
Reflexo de uma má gestão e da participação cada vez mais das empresas dentro dos clubes, que já se arrasta há 3 anos, o Cruzeiro atravessa talvez o pior momento de sua história. Além do atraso nas folhas, o clube vem fracionando o pagamento de parte de seus funcionários e atletas há alguns meses, o que ampliou o passivo trabalhista. Há também casos de funcionários que saem de férias e não recebem o que lhes é de direito. Somado a isso, o clube tem as folhas dos próximos meses a vencer (outubro, novembro e dezembro), além de 13° e férias.
O clube ainda acumula outros compromissos trabalhistas em atraso, como férias, 13ª salários, FGTS deste ano ano e também de 2020 com parte dos funcionários.
Com isso os jogadores emitiram carta ao torcedor, dizendo que não iriam treinar em protesto aos salários atrasados. Nada mais justo os jogadores tomarem esta atitude.
Verdade é que todo este descontrole financeiro do clube se deve a atuação de gestores que atuam como verdadeiros mafiosos. Presidentes, conselheiros, etc ligados a empresários e políticos, atuam apenas para lucrarem com o futebol e retirar o povo de um dos esportes mais populares do Brasil e do mundo.
Com o clube nesta situação, a imprensa corporativa, ligada aos grandes capitalistas e banqueiros, fazem campanha para transformar um clube de futebol em empresas. Com aquela demagogia de que seria melhor este tipo de gestão, pois traria um melhor “equilíbrio fiscal”, o futebol brasileiro que é do povo, está ameaçado em se transformar em algo meramente lucrativo.
É preciso que os próprios torcedores controlem seus clubes e o futebol brasileiro, tirando-o definitivamente das mãos dos abutres capitalistas.