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Genocído legalizado

Volta às aulas na rede pública do DF é genocídio

Retorno presencial forçado expondo milhares ao coronavírus mostra a necessidade dos estudantes e professores se organizarem contra a reabertura.

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) começou o processo de discussão sobre a reabertura das escolas públicas no estado. Em evento transmitido na TV Web da casa na última terça-feira (2/11), ou seja, uma audiência pública ”remota”, organizado por uma deputada distrital, Julia Lucy (Novo), do mesmo partido do ministro do meio ambiente que quer passar a boiada, Ricardo Salles.

“O governo já liberou a volta a uma série de atividades, muitas delas coletivas. Mas alunos, pais e professores ainda não sabem quando e como as escolas poderão abrir suas portas. Precisamos de respostas efetivas, porque quanto mais demoramos, mais graves são as consequências para as crianças e adolescentes do ensino público”, disse a deputada direitista com sede de mortes.

Reunião ”remota” para discutir a reabertura genocida

Convém pontuar a ironia dos parlamentares golpistas do DF estarem realizando uma atividade não-presencial, ou seja, remota, pela internet, cada um dos engravatados no conforto de suas belas casas patrocinadas pelo dinheiro público de seus gordos salários espoliados da classe trabalhadora, para decidir sobre a volta presencial dos alunos, em um momento em que o país já passou os 160 mil mortos vítimas do coronavírus.

As aulas nas escolas públicas do DF foram suspensas em março por conta da pandemia e a luta dos sindicatos de professores e do movimento estudantil fez com que o governo divulgasse a decisão de retomar as aulas presenciais somente no ano que vem. Ninguém quer o retorno das aulas presenciais, todos estão vendo que não existe nenhuma estrutura de prevenção e de testagem de infectados, além do tratamento ser praticamente nulo das pessoas infectadas.

Recuo com aumento de casos

O absurdo da notícia torna necessário também destacar o exemplo de outro estado em que a reabertura sofreu um recuo devido aos casos que surgiram. A Prefeitura de Belém voltou a suspender reabertura de escolas quase dois meses após liberar volta às aulas. As aulas na rede privada estavam autorizadas desde 1º de setembro pelo Governo do Estado. Na rede municipal, as aulas presenciais voltaram no dia 14 de setembro.

O decreto com a suspensão foi publicado nesta sexta (30) e vale de 1º a 30 de novembro. “Nosso objetivo principal é garantir proteção de forma uniforme a toda comunidade escolar”, afirma. A afirmação contraria o discurso da Secretaria de Educação, que no começo da semana tinha descartado o recuo e informou que as aulas seriam mantidas. Ou seja, expressa a dificuldade da burguesia em emplacar a reabertura total das escolas, pois é uma medida totalmente rejeitada pela maioria da população.

O problema do coronavírus

Os governos não fizeram nada, com exceção de uma esmola que somente alguns conseguiram, para conter a pandemia. Não fizeram testes, não gastaram o dinheiro necessário para tratamento adequado do povo ou para separar e isolar os contaminados de outros. Os capitalistas, verdadeiros comandantes dos governos, rapidamente abriram tudo o que podiam, as fábricas não fecharam, o transporte público continuou abarrotado, os doentes sempre foram enviados para casa com um “boa sorte”.

Portanto, qualquer decisão que utiliza a ideia de que outras áreas estão funcionando para reabrir as escolas é mais uma tentativa da burguesia de reabrir novas áreas econômicas mesmo durante a pandemia, “morra quem morrer”, pensam eles, “é injusto com o povo”, dizem eles de forma hipócrita.

Mobilização para impedir a reabertura

O movimento estudantil e os sindicatos dos professores juntamente com movimentos populares devem barrar essa decisão insistindo na pressão pela não abertura das escolas e exigindo condições do povo lidar com o vírus tanto prevenindo contaminações como exigindo tratamento adequado dos contaminados.

A grande conclusão que se chega é que sem mobilização, o regime político vai empurrar retorno goela abaixo da população. É de fundamental importância que os trabalhadores da educação e os estudantes acompanhem a tendência de luta que já se manifestam pelo país, paralisando as escolas enquanto durar a pandemia e fazendo imensos atos de rua enquanto não houver uma vacinação eficiente e amplamente disponível para a população em geral.

Fora Bolsonaro, Fora Ibaneis, fora todos os golpistas!

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