O chefe de educação da Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), Robert Jenkins, recomendou a reabertura das escolas, mesmo com a pandemia entrando em uma segunda onda em diversos países. Segundo ele, escolas não são o principal ponto de infecção pela doença e afastar os alunos da escola causa mais estragos que a doença.
O que Jenkins esquece são diversos fatores. Nas escolas frequentadas pela classe trabalhadora, a maioria dos alunos terá de pegar ônibus lotados para chegar. Além disso, apenas uma parcela ínfima das escolas poderá implementar tais medidas de segurança. Chega a ser um contrassenso acreditar que uma escola brasileira, por exemplo, que não tem dinheiro nem para comprar sacos de lixo ou fazer qualquer manutenção preventiva, possa implementar medidas de segurança que custarão uma fortuna. Mais contrassenso ainda é esperar que os governos, que deram auxílios miseráveis para a população, vão gastar fortunas para tornar as escolas “seguras”.
Fica claro que a UNICEF está a serviço dos grandes abutres da educação privada no mundo todo, que perderam na faixa de bilhão de dólares com o fechamento das escolas durante a pandemia.
Para a UNICEF, criança boa é criança morta.