O imperialismo internacional (norte-americano e europeu) intensifica neste momento sua política de pressão e assédio contra o Irã, importante País do Oriente Médio que ocupa posição geográfica e econômica estratégica, uma vez que possui grandes reservas de petróleo, a segunda maior do planeta. O País Persa vem sendo objeto de uma intensa campanha de ataques e calúnias por parte da imprensa internacional, que busca colocar o regime iraniano como o grande malfeitor de toda a conturbada região, colocando o Irã como o responsável pela escalada de tensões, com a iminente deflagração de um conflito militar no Golfo Pérsico.
O assassinato do general Soleimani, cujo ataque foi ordenado diretamente pelo presidente direitista Donald Trump, fez subir a temperatura em todo o Oriente Médio, colocando a região em estado de máxima tensão. Trump rompeu unilateralmente o acordo assinado entre os dois países que previa estabelecer limites para o desenvolvimento do programa nuclear iraniano. O Irã vinha mantendo os termos do acordo, limitando o enriquecimento do urânio dentro dos limites estabelecidos no tratado; todavia, com o brutal assassínio da importante autoridade militar, o general Qassem Soleimani, o regime dos “Aiatolás” não mais se viu no compromisso de permanecer no acordo (que já havia sido rompido pelo imperialismo), anunciando a sua retirada do tratado, declarando também que não há mais limites para o enriquecimento do urânio pelo País e que seguirá no propósito de desenvolver seu programa nuclear e a fabricação de armas atômicas.
Imediatamente depois desta decisão dos iranianos, os aliados europeus do imperialismo ianque, as três potências do velho continente (França, Inglaterra e Alemanha) iniciaram as habituais ameaças que sempre são feitas contra os regimes, povos e nações indefesas ao redor do mundo. O imperialismo europeu está exigindo que o Irã, mesmo diante de todas as maiores ameaças e agressões já realizadas contra o País, permaneça cumprindo os termos do acordo, que os próprios norte-americanos simplesmente rasgaram e jogaram na lata do lixo. Parece piada, parece mesmo brincadeira, mas é exatamente isso que o imperialismo europeu está a exigir do País que acaba de ter a sua maior autoridade militar assassinada pela máquina militar de guerra dos ianques, além de vir sofrendo toda uma odiosa ameaça de invasão e guerra contra seu povo.
O que a União Europeia verdadeiramente almeja com a pressão que vem exercendo contra os iranianos é deixar o País vulnerável aos ataques do imperialismo, deixar o Irã fragilizado diante de todas as ameaças que são feitas contra sua economia, suas riquezas, sua população. Todo o assédio que vem se intensificando neste momento contra a nação iraniana cumpre o propósito de impedir que o País avance em seu programa nuclear, avance no domínio da tecnologia para o fabrico de armas atômicas. O imperialismo e seus aliados estão armados até os dentes, mas não permitem que os outros povos e nações se defendam, se protejam contra as ameaças e agressões dos inimigos, que não é outro senão o próprio imperialismo.
Queremos deixar claramente registrado aqui que somos inteiramente a favor de que não só o Irã, mas qualquer outra nação, quaisquer outros povos ou País que se sinta ameaçado, que seja vítima da agressão imperialista, possa se defender da forma como melhor lhe convier, da forma como melhor desejar, através dos meios que forem necessários, seja através do uso de armamento convencional ou nuclear. Trata-se de um direito elementar, inegociável, uma questão que diz respeito à soberania, à auto-determinação, à independência de qualquer País.
Neste sentido, o programa nuclear iraniano deve seguir em frente, deve ir adiante e para isso o regime deve se apoiar inteiramente na mobilização popular, na luta das massas, única forma efetiva de respaldar e defender os interesses estratégicos do País diante das ameaças dos inimigos do povo iraniano, das massas árabes e outras nacionalidades oprimidas da região.