Em uma plataforma contratada pela Petrobrás no Espírito Santo, a maioria dos trabalhadores estão contaminados pelo COVID-19, isso reflete a negligência e irresponsabilidade da empresa durante a pandemia. Como a FUP vem denunciando, a direção da empresa tem deixado os trabalhadores expostos à contaminação. Os terceirizados estão entregues à própria sorte.
Essa situação escancara como a terceirização é maléfica para os trabalhadores, aumenta a exploração, isso além de doenças laborais, que já atingem os trabalhadores, agora estes são vítimas de um vírus que ninguém sabe direito como age no corpo.
Mais de 34 trabalhadores da FSPO Capixaba, da SBM, que opera os Campos de Cachalote e Jubarte, no litoral sul do Espírito Santo, testaram positivo para o coronavírus. A Petrobrás só interrompeu a operação da plataforma, após os órgãos de saúde do Espírito Santo confirmarem a contaminação de mais de 60% dos trabalhadores a bordo.
Em tempos de crise, os golpistas no comando da Petrobrás não estão apenas atacando os trabalhadores economicamente, mas sim expondo-os ao risco do coronavírus. A subnotificação dos casos da doença entre os trabalhadores efetivos e terceirizados no Sistema Petrobrás cresce a cada semana. Os trabalhadores não estão sendo testados, como denunciam os sindicatos desde o início da pandemia.
Num momento de risco elevado, a empresa continua ignorando as condições precárias dos petroleiros e mais ainda dos terceirizados, cuja exposição à contaminação pelo coronavírus é muito maior.
Segundo dados oficiais da empresa, 5.500 trabalhadores efetivos estão em regime de teletrabalho, o equivalente a cerca de 10% dos atuais efetivos da empresa. Gestores que integram informaram que os índices de ocupação das unidades estão hoje em torno de 12% nos prédios administrativos, 57% nas plataformas e 58% nas refinarias. Ou seja, a quarentena na empresa é uma farsa total.
Por isso, contra o desmonte da empresa, as demissões em massa, o risco de se infectar trabalhando, contra a morte por fome e por doença, é necessária uma grande mobilização dos trabalhadores, que barre as demissões e o enorme risco social e sanitário que corre à categoria. É preciso, mais do que nunca, que os petroleiros tomem o controle da produção e coloquem a empresa no rumo da estatização, antes que não haja mais estatal.
Diante desta catástrofe é preciso que a FUP chame uma greve geral da categoria, não estamos nem no pico da doença no Brasil e já tem uma plataforma inteira infectada pelo vírus. Se faz necessário então paralisar toda a produção e somente voltar com todos os itens de segurança pessoal e coletivo, adotar medidas de distanciamento, rodízio de funcionários e mandar para casa os funcionários que são grupos de risco, pois precisam ser preservados.