“Movimentos democráticos resgatam amarelo como símbolo”, abre manchete nesta segunda-feira, 29 de Junho, o jornal nada democrático, Folha de S.Paulo. “O poder e significado do amarelo…”, em nova manchete da nada democrática FolhaUol, neste domingo, 28 de Junho de 2020. É a continuidade da campanha da Folha de S.Paulo, nada democrática. Pior, sempre golpista tentando, de novo, se reciclar, da imundície golpista em que de novo se vê atolada.
E por tudo isto, deveríamos, como sugere a presente manchete, que deveríamos todos realizar uma campanha do tipo, “Somos Folha de S.Paulo”?
Folha de S.Paulo, o maior jornal burguês paulista, a seguir, tenta passar a borracha, como antigamente nas escolas se fazia, para apagar os escritos errados. A Folha, sempre golpista, reescreve as tentativas de reciclo, de sua imundície golpista. Tenta mostrar-se de novo, democrata, o que ela nunca foi. Folha de S.Paulo foi parte fundamental do golpe de 64. Ela foi parte fundamental da implantação da ditadura. A Folha foi parte fundamental da propaganda da ditadura. Foi parte financiadora da logística da ditadura.
Ao final da ditadura de 64, quando ela ía ser varrida pela mobilização operária, a Folha foi fundamental para fraudar a mobilização revolucionária. Folha de S.Paulo entrou de cabeça na campanha das diretas já. E não foi para obter a vitória das diretas já, quando a principal reivindicação não era a cor amarela. A principal reivindicação era “Eu quero votar pra presidente” já. Naquelas gigantescas mobilizações até se usava o amarelo é verdade, mas o mais visível sobre uma enorme cédula eleitoral na cor amarela, era um “x” rabiscado com caneta, dentro de um quadrado, seguido da palavra de ordem “Eu quero votar pra presidente”.
A campanha se alastrou por todas as cidades. O ex-prefeito de Embu das Artes à época, Nivaldo Orlandi, afirma que: “não me lembro, da campanha feita pela folha, “Folha de S.Paulo, Pela Democracia Use Amarelo”. “Pode até ter havido”. Mas o Embu das Artes à época, por exemplo, entrou de cabeça na campanha das diretas, não por democracia em abstrato, Embu entrou de cabeça na campanha para poder votar pra presidente pelo voto direto e já.
Na Praça da Sé, por exemplo, 20 ônibus o poder público da cidade, colocou à disposição do povo, e contribuiu em muito para lotar a praça da Sé, em 25 de Janeiro de 1984. Embu seguiu o governador do Estado, então Franco Montoro, que também se jogou de cabeça na campanha pra ter o direito de eleger o presidente da república pelo voto direto do povo. E não por democracia em abstrato.
Operação de transformar os golpistas de 2016 em defensores da democracia
A burguesia de conjunto, utiliza a Folha de S.Paulo para uma manobra arriscada, declara Rui Costa Pimenta em sua análise na TV 247 desta terça, 30 de Junho. “Trata-se de uma operação política audaciosa da parte mais importante do golpe de 2016, tentando se apoderar de um movimento de tipo democrático. De que seria de oposição a Bolsonaro, que seria de oposição ao golpe de Estado. Uma jogada extremamente audaciosa de transformar os golpistas de 2016 em defensores da democracia. E colocar as pessoas que se opuseram ao golpe de 2016 a serviço desses golpistas. A cor amarela foi a que dominou o golpe de 2016. Agora voltar a usar as mesmas cores, mas que agora seria em defesa da democracia. É muito cinismo. É muita audácia”, continua Rui.
A última coisa que esse movimento defende é “a democracia”. O que temos aqui, é um movimento que levou o Bolsonaro ao poder. Sustentou o bolsonaro até hoje. Uma parte desse setor está entrando no governo bolsonaro. Eles pretendem manter o bolsonaro, pelo menos até 2022. Manobra que pode dar em 2022 uma nova vitória ao Bolsonaro. Se não vier coisa pior.
O movimento não é pra previnir nenhum golpe de Bolsonaro. Querem colocar todo mundo a serviço deles numa operação para recuperar tudo o que eles perderam em função de sua própria política de golpe de estado em 2016.
Essas pessoas são mais ameaçadoras do que Bolsonaro. Quem despertou a onda bolsonarista foi esse pessoal da Folha que agora quer se passar por democrata. Se amanhã, Bolsonaro ou outra forma de fascismo triunfar, vai triunfar com o apoio deles.
Amanhã, se a burguesia sentir a necessidade de dar um golpe militar, eles vão apoiar o golpe militar. Eles elegeram o bolsonaro pra não deixar o PT ganhar. Entre o PT e Bolsonaro, eles são Bolsonaro, finaliza Rui Costa Pimenta, em sua análise de todas as terças, na TV 247, com transmissão simultânea com a COtv.
Folha uma vez golpista, golpista sempre
Folha que fez campanha pelo golpe de Estado contra Dilma. A Folha que contribuiu para o impedimento de Lula candidato em 2018. A Folha que contribuiu para dar força a Moro, no processo farsa para condenar Lula. A Folha, que contribuiu para eleger o ilegítimo presidente Bolsonaro. A Folha de S.Paulo é a mesma Folha de sempre.
Finalmente a Folha, entra de cabeça de novo, na campanha para o “fica Bolsonaro”, a Folha nos movimentos de reciclagem do lixo golpista de 2016, inclusive a imundície da própria folha, para chamar uma frente para o movimentos Estamos Juntos e Somos 70 por cento, pela campanha de “ressignificar a cor amarela”, a Folha promove recauchutagem na sua própria imagem de golpista com o slogam “#Folha de S.Paulo, Pela Democracia Use Amarelo”, agora precedido pelo dígito jogo da velha, #.
O que a Folha de S.Paulo está fazendo é campanha do “resgate do amarelo” em oposição ao vermelho dos trabalhadores e da esquerda. É uma manobra para tirar a esquerda das ruas e está baseada na ala direita das manifestações, representada por alguns elementos minoritários das torcidas ligadas a Guilherme Boulos (que convocou as pessoas a utilizarem o amarelo nas manifestações).
É a campanha da frente ampla do jornal golpista Folha de S.Paulo, maior jornal burguês do país, na qual os setores da esquerda, como Boulos, que apoiam a frente ampla, servem como reprodutores de uma política direitista e fascistoide dentro do movimento da esquerda. Aderir ao amarelo é aderir aos golpistas, a Folha de S.Paulo, por exemplo.