O Presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, nomeado pelo governo racista de Bolsonaro, anunciou que perseguirá implacavelmente a esquerda. Anunciou em sua conta do twitter que vai trocar todos os postos ocupados pela esquerda e colocar no lugar direitistas qualificados. Significa dizer que colocará gente qualificada para atacar os direitos dos negros.
O capitão do mato de Jair Bolsonaro publicou em sua conta no twitter que colocará direitistas nos posto da fundação para acabar com a agenda vitimista. A nomeação destes vigaristas tem como objetivo destruir os valores sob a qual foi fundada: a memória da luta dos negros, sua identidade, suas reivindicações, a preservação de sua cultura e o seu direito a manifestação.
https://twitter.com/sergiodireita1/status/1252959764683898882
Os ataques que Sergio Camargo anuncia são fundados sob a tese do vitimismo não é nada original, há pouco tempo, durante a campanha pela derrubada de Dilma Rousseff, outro capitão do mato, Fernando Holiday, atacava os poucos direitos conquistados pelos negros no Brasil. Holiday além de atacou a cultura do Hip Hop, atacou as cotas raciais para ingresso na universidade, defendeu o “combate ao crime”.
A concepção do vitimismo se trata de considerar as políticas voltadas para a superação das desigualdades históricas como desculpas para a falta de capacidade, para a preguiça e para os maus feitos. Em outras palavras significa dizer que os negros ocupariam as periferias e não estariam nas universidades por serem inferiores, não teriam mérito e, em geral, os criminosos da sociedade. Além da marginalização das culturas das periferias.
A política da direita sempre foi de ataque aos mais pobres, em especial, os negros. É este setor que historicamente esteve a margem da sociedade, sem qualquer garantia de direitos civis, que vive nas periferias em condições precárias, que trabalha sem registro em carteira, que vive em situação de miséria, que sofre repressão violenta, que é encarceramento em massa e também assassinado pela polícia.
São os negros quem estão sofrendo mais profundamente com o golpe: a terceirização, a destruição dos programas sociais, o desemprego, a destruição da economia, a precarização da saúde, ainda mais agora com a crise da COVID-19, e com maior repressão estatal. É preciso que as organizações de luta dos negros somada as demais organizações populares e da esquerda lutem nas ruas não só pela derrubada destes capitães do mato, mas contra Bolsonaro e todos os golpistas que os financiam.