O governador do estado da Bahia, Rui Costa (PT), adotou a política direitista de permitir a retomada das aulas presenciais nas Universidades públicas e Faculdades particulares do estado a partir do dia 3 de novembro. A medida é resultado da pressão dos grandes capitalistas, no caso dos donos das faculdades privadas, que querem a todo o custo a volta das aulas presenciais, mesmo com a pandemia fora de controle em todo o País.
A política de volta às aulas presenciais é um verdadeiro genocídio contra a juventude e os trabalhadores da educação. Um exemplo deste fato é o que aconteceu em Manaus, onde após um mês de retorno das aulas mais de mil e setecentos profissionais da educação se contaminaram.
É uma política impulsionada principalmente e, em primeiro lugar, pela direita e pela extrema-direita, o fato de um governo de esquerda, como é o caso da Bahia, adote tal medida apenas demonstra a sua completa capitulação diante da pressão dos capitalistas e dos golpistas. Algo que não é novidade no governo petista da Bahia, de Rui Costa, o qual já havia, por exemplo, no final do ano passado, aprovado a “reforma” da previdência no estado com apoio da tropa de choque e passando por cima da mobilização do funcionalismo público.
Diante desta mais nova imposição e capitulação, é necessário mobilizar os professores e estudantes contra o retorno presencial nas universidades e faculdades do estado. Um indício de que a medida está em contraposição aos interesses de professores e alunos, é o fato de que 9 das 12 instituições superiores da Bahia já declararam que não irão retornar às aulas presenciais.
É necessário intensificar a campanha contra a volta às aulas presenciais, se for necessário entrar em greve em todo estado até que o governo recue da decisão.
De fundamental importância também é atrelar esta luta a mobilização contra o chamado EAD (Ensino à Distância), uma verdadeira política de sucateamento do ensino público em todos os níveis. O ensino à distância, implantado pelos governos tendo como pretexto a pandemia, além de aprofundar a exclusão da juventude pobre dos bancos escolares, seja na educação básica, seja no ensino superior, serve aos interesses dos monopólios privados da educação. que enxergam no EAD uma forma de por as mãos nos recursos destinados ao ensino público.
Neste sentido, contra o genocídio planejado pelos capitalistas e implantado pelos governos, é preciso unificar a luta dos educadores e estudantes contra a volta às aulas e pela suspensão do calendário escolar. Volta as aulas somente com o fim da pandemia e com vacina.