O Senado aprovou a medida provisória que permite às empresas reduzir jornada e salários e suspender os contratos de trabalho durante a pandemia. A MP (Medida Provisória) foi aprovada por unanimidade em seção virtual e teve 75 votos favoráveis e nenhum contrário. A MP vai agora à sanção de Jair Bolsonaro.
A votação no Senado é mais uma demonstração cabal do profundo equívoco da esquerda pequeno-burguesa e da mesma esquerda parlamentar, que vem há tempos fazendo campanha por uma frente ampla que reunisse a esquerda e a direita. Os senadores por unanimidade através do voto virtual aprovaram a MP que só tem uma classe vencedora, a classe patronal.
O texto aprovado permite ao governo prorrogar os cortes de salário dos trabalhadores por meio da redução da jornada de trabalho e também prorrogar a possibilidade de suspensão de contratos por 4 meses.
Ao contrário da proposta patronal que reduz proporcionalmente salários, a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários é uma antiga e necessária reivindicação do movimento operário.
E essa luta deve ser colocada imediatamente somente ela é capaz de mobilizar tanto os empregados como os demitidos e desempregados. Os primeiros, porque é uma defesa de que trabalhem menos, o que significa melhoria das condições de vida do trabalhador, já para os desempregados, é uma proposta para que aumente o emprego para que ninguém fique sem.
É preciso defender o interesse dos trabalhadores. Se há crise, são os empresários que devem arcar com ela ou entregar a empresa para o controle daqueles que produzem. Os trabalhadores precisam sobreviver.
É preciso combater esse governo e sair às ruas para pedir o Fora Bolsonaro, aproveitando a crescente dos protestos no Brasil, pois a crise é insustentável.