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Distrito Federal

Professores fazem reunião para discutir a política para a pandemia

Reunião com mais de 150 delegados sindicais da categoria de professores e orientadores repudia por unanimidade o retorno às aulas em pleno pico da pandemia

No dia 30 de abril, véspera do 1º de maio, realizou-se no DF, por via remota, a reunião de delegados sindicais com cerca de 150 participantes convocada pelo Sinpro, sindicato dos professores e orientadores para debater a situação política do país e as ameaças genocidas que o governo Ibaneis e Bolsonaro vem fazendo com a tentativa de reabertura das escolas em pleno pico da pandemia por COVID19.

O governador Ibaneis (MDB) foi o primeiro do país a implementar a política de intervenção militar nas escolas públicas, as chamadas Escolas Cívico-Militares, mas conhecida nos meios estudantis e entre a categoria de professores como “Escola com Fascismo”, defendida e financiada por Bolsonaro.

Desde o início de seu governo, o preposto de Bolsonaro no DF vem aplicando caninamente a política ideológica e econômica do governo federal por meio das “escolas com fascismo” de um lado enquanto aumenta o cerco privatista contra os hospitais públicos, a CAESB (Companhia de Água e Esgoto), a CEB (Companhia de Eletricidade) e até contra a merenda escolar que está ameaçada de se transformar em quentinha.

Produto do golpe de Estado assim como os governadores Witzel do RJ , BolsoDória de SP e Caiado de GO, Ibaneis, na ausência de qualquer politica pública de combate ao coronavírus. foi um dos primeiros a adotar as medidas de quarentena sendo seguido por todos esses governadores conhecidos da população trabalhadora por suas proezas direitistas como assassinar sem terras, atirando de um helicóptero em escolas da favela carioca ou matando moradores de rua em SP.

Enquanto ganhavam a confiança de uma parte da esquerda totalmente desorientada com a campanha, “fique em casa”, adotada em raichtegs por sindicatos, partidos, e grande parte da classe média, esses governos mantiveram a maioria da população trabalhado enfrentando ônibus lotados e ambientes de trabalho totalmente propícios ao contágio ou passando fome em casa, sem água e sem energia.

A campanha “fique em casa” se mostrou totalmente insuficiente e demagógica logo no início da quarentena com a falta de investimento e contratação de profissionais de saúde, falta de testes, falta de intervenção nos hospitais privados para garantir e ampliar o atendimento, falta de produção e distribuição de material de higiene e agora ganha contornos catastróficos com a ordem do capital financeiro de pôr fim à quarentena.

Com o início da reabertura, sindicatos e partidos que fizeram declarações de respeito e confiança no poder público governado pelos assassinos do povo se viram totalmente paralisados para enfrentar o problema.

No DF, em particular, onde o Sinpro e a CUT foram os primeiros a fechar suas portas e a oferecer suas sedes ao governo, o estado de espírito, por incrível que pareça, é de quem foi pego de surpresa, de quem foi traído.

A reunião de delegados ocorrido no dia 30 conforme citada no início desse texto foi convocada com esse espírito e refletiu por um lado a postura paralisada e paralisante da diretoria do Sinpro e por outro a determinação da categoria em não aceitar, sob nenhuma hipótese, o retorno das aulas em plena pandemia.

A participação na reunião foi a maior dos últimos cinco anos e surpreendeu a diretoria do sindicato que não havia preparado uma plataforma adequada demonstrando mais uma vez que ao invés de estar na vanguarda a diretoria está politicamente despreparada para o enfrentamento que está por vir.

Fé no regime e no governo golpista além da falta de confiança na categoria são marcas registradas da atual diretoria do sindicato dos professores que recusou efusivamente a proposta dos delegados sindicais, para a preparação de uma greve da educação caso as aulas retornem antes do fim da pandemia assim como recusou botar na rua a campanha aprovada pela CUT e pela CNTE pelo Fora Bolsonaro.

Como uma burocracia afastada de sua base, típica dos sindicatos pelegos, a diretoria do Sinpro aposta no acordo com os patrões enquanto menospreza os trabalhadores  e seu poder de mobilização.

Contra as propostas dos delegados a diretoria do Sinpro apresentou uma política de disputa de ‘narrativa’ contra o governo por meio da campanha “Não somos cobaias. A Educação não pode morrer” nos moldes da que a esquerda parlamentar faz para desgastar o governo com a ilusão de que assim enfrentará, em melhores condições, as próximas eleições.

Os professores e a comunidade escolar não podem esperar a “disputa de narrativa” e muito menos confiar nos governos direitistas e golpistas que querem no DF expor toda a população ao contágio e à morte da população com a circulação de 500 mil pessoas que fazem parte da comunidade da escola pública do DF.

Nesse sentido, o Sinpro-DF, para ser consequente com a campanha “Fique em Casa” deve se retirar do campo de conciliação com o bolsonarista Ibaneis, abrir suas sedes para atender e organizar a comunidade escolar para a greve dos professores e junto com a greve dos estudantes, que já está sendo preparada pela juventude, garantir a suspensão das aulas até o fim da pandemia e derrotar Ibaneis e Bolsonaro.

É preciso levantar a cabeça e parar de se rastejar atrás da direita. A unidade que precisamos para enfrentar os ataques dos governos Ibaneis e Bolsonaro é com a comunidade escolar, estudantes e famílias e não com golpistas.

A organização e a luta dos trabalhadores é a única ferramenta capaz de garantir nosso direito à vida e à educação. Pela manutenção da suspensão das aulas até a pandemia acabar e pelo direito a uma sobrevivência digna da comunidade escolar nesse período.

Fora Bolsonaro!

Fora Ibaneis!

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