Cerca de 1,4 milhões de trabalhadores pediram auxílio-desemprego na semana passada (de 13 a 19/07) nos Estados Unidos, o que representa um aumento de 8,5% ou 109 mil novos pedidos, em relação à semana anterior quando foram registrados 1 milhão e 290 mil pedidos.
Os números já são recordes históricos e demonstra do impacto da crise na classe trabalhadora. Anteriormente à atual crise, o recorde no número de pedidos foi atingido em 1982, quando cerca de 695 mil pedidos foram feitos.
Os pedidos de auxílio desemprego vinham reduzindo, após ter havido uma explosão no início das medidas por conta da pandemia em Março, quando foram registrados mais de 6 milhões. Nas últimas semanas os pedidos ficado em torno de 1,3 milhões, reduzindo lentamente antes da atual alta, o que tem levado ao departamento de trabalho a estimar que nas próximas semanas o número pode chegar 2 milhões de pedidos por semana.
O auxílio-desemprego, aprovado pelo Congresso no início da pandemia, tem sido de 600 dólares por semana e está sendo alvo de grande discussão pelos políticos burgueses. De um lado republicanos e o presidente Donal Trump, defendem a redução de até 70% no valor do auxílio, chegando a afirmar que o rendimento “desestimularia pessoas a buscar emprego”, já o democratas, principalmente no congresso, reivindicam a manutenção dos 600 dólares até o fim da pandemia. A disputa claramente tem contornos eleitorais, tendo em vista as eleições presidenciais do final do ano.