O Amapá é o espelho do Brasil. A situação do estado reflete o que está ocorrendo no país. O desemprego desencadeado, somado à crise capitalista e da pandemia juntamente ao desinteresse dos governos capitalistas de atenderem as necessidades dos trabalhadores, intensificam as condições de pobreza que a população em geral vem sofrendo.
No caso do Amapá, que deve ser visto como uma retratação íntegra no Brasil, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Econômica, No 2º trimestre deste ano, em meio à pandemia, foram 1.066 demissões a mais que contratações. No ano passado, estado fechou com saldo positivo de 352 postos de emprego. Todos os meses de 2020, inclusive janeiro e fevereiro, registraram mais desligamentos do que contratações no estado.
Isso demonstra o que foi dito na reunião recente do Bolsonaro, em que o Guedes afirma que é preciso salvar os grandes empresários e não setores menores da burguesia. No final das contas, quem paga pelo maior prejuízo são os trabalhadores, principalmente setores analisados do relatório da Caged: Comércio, construção civil, transporte, armazenagem e correio, dentre outros. Neste sentido, não há um planejamento político dos governos burgueses ao qual protege os desempregados. Todos esses demitidos não serão assistidos pelo Estado e serão movidos à sorte diante do alastramento do coronavírus. Enquanto que a burguesia recebe de mão beijadas, mais de 1 trilhão do governo Bolsonaro, juntamente com retiradas de direitos trabalhistas com o apoio do centrão.
Por conta disso, é preciso que a CUT, a única central sindical do país, juntamente com suas subsedes, principalmente a do Amapá, comprometam-se com as deliberações da plenária nacional da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, em que consiste de realizar uma plenária virtual no dia 13 de junho, para discutir um plano de lutas contra o desemprego tanto no Amapá como no país inteiro. Consoante a isso, é preciso impulsionar a questão da diminuição da jornada sem diminuição de salários.
Além da realização desta plenária virtual, neste mesmo dia, 13 de junho, realizar manifestações para mobilizar presencialmente todas essas questões, com a participação massiva dos operários da plenária virtual.
O PCO, no 1º de maio, comprova que é possível organizar-se presencialmente. Se um partido pequeno, ao qual mais cresce segundo o próprio TSE, conseguiu organizar um ato organizado no ato tradicional dos trabalhadores, a CUT tem toda condição política e econômica para organizar não somente plenárias mas também grandes atos em que defendam essas medidas urgentes no combate ao desemprego.