Com uma inflação gigantesca desfarçada e sonegada pelo governo, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, defende congelar o salário de servidor público durante crise do coronavírus. Isso mesmo, Adolfo Sachsida diz que medida teria aspecto moral e argumenta que impacto não seria forte porque inflação está baixa. A notícia assustadora foi dada nessa terça-feira.
Para o secretário, a medida teria um aspecto moral ao demonstrar que todos estão dando sua parcela de contribuição.
Após o agravamento da pandemia do novo coronavírus, o governo apresentou um pacote de “enfrentamento” da crise, que inclui a possibilidade de corte de jornadas e salários e suspensão de contratos de trabalhadores da iniciativa privada.
A quarentena dos sindicatos e centrais pode produzir o maior ataque jamais visto aos trabalhadores. A conversa fiada do Executivo começa assim: “Será que está correto algumas pessoas não perderem o emprego e manterem o salário? Um país é muito mais do que aspectos econômicos. Aspectos morais são importantes. Vamos ter que olhar com muita atenção à questão do funcionalismo público. Acho que está na hora de todos darem sua contribuição”, disse em vídeo conferência promovida pela XP Investimentos”.
Nota-se que se deixa de lado o pagamento de juros aos bancos e o alvo são os funcionários públicos. Diz o secretário ressaltou que a folha de pessoal representa o terceiro maior gasto do governo, depois das despesas com juros da dívida e Previdência. Ele também argumentou que o serviço público tem distorções, como os elevados salários de entrada nas carreiras. “Não é tão complicado assim você passar um ou dois anos sem reajuste. E a inflação está baixa”, disse.
Existe também uma chantagem feita aos Estados e Municípios condicionando o arrocho dos salários dos servidores. O “socorro” vai depender das negociações em torno do pacote de socorro a estados e municípios, o Ministério da Economia tentou condicionar a concessão de ajuda financeira ao congelamento de salários de servidores.
Antes do coronavírus, atividade econômica em fevereiro teve crescimento pífio de 0,35%, segundo Banco Central. Contudo já se projeta enorme sobra da pior recessão desde 1929, conforme o Fundo Monetário Internacional, o FMI.
O setor sindical, mesmo o da CUT, ata pés e mãos dos trabalhadores, desarmando-os frente ao maior ataque já perpetrado aos trabalhadores. É preciso romper com essa paralisia e por em marcha os trabalhadores para derrubar os golpistas que querem impor a fome e escravidão aos trabalhadores.