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Luta do movimento negro.

No Paraná, mulher negra é perseguida por seguranças em supermercado

Mais um caso de racismo escancarado. Professora da UFPR, Lucimar Rosa Dias foi acusada pelos seguranças de mercado em Curitiba de roubar barras de cereais.

Lucimar Rosa Dias, Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação para as Relações Étnico-Raciais (ErêYá) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No sábado (7) a professora foi vitima de racismo em mercado no estado do Paraná localizado no anel central de Curitiba próximo ao Mercado Municipal. Os seguranças do mercado Rei do Queijo a acusaram de roubo de barras de cereais, e abordaram Lucimar após sair do mercado.

Mesmo apresentando o cupom fiscal que comprova o pagamento dos produtos que ela levava para casa, para fazer o almoço de comemoração pelo ingresso de seu filho na universidade, os seguranças tentaram revistar sua bolsa de compras. Segundo reportagem do Vio Mundo na noite anterior (sexta-feira, 6) Lucimar e mais 30 mulheres foram homenageadas pelas vereadoras da cidade na Câmara Municipal de Curitiba em sessão solene pelo dia 8 de Março e como mulheres destaques no trabalho de diferentes setores.

Os três homens que pararam Lucimar a duas quadras do mercado, dois com uniforme da empresa e um à paisana que acusou-a de ter roubado um produto, e que segundo ele um cliente teria avisado e “eles conferiram nas gravações de vídeos”. Exigiam que ela confessasse e voltasse para acertar as contas, ou eles chamariam a guarda municipal. Lucimar então disse que sim, que chamassem a guarda municipal, pois mesmo mostrando a notinha de que as barras de cereais as quais ela foi acusada de furto constavam no ticket de pagamento, eles insistiam para ela dizer o que tinha roubado.

A professora mesmo nervosa e assustada resolveu voltar ao mercado para saber o que estava acontecendo, ou se era de fato mais um caso de racismo. Constatou que foi vitima de preconceito e discriminação quando descobriu que não existia o cliente que a acusará muito menos o vídeo mostrando o furto. Lucimar então denunciou o fato, e chamou amigas advogadas que registraram o boletim de ocorrência para que sejam tomadas as medidas legais pela violência sofrida.

Apesar de que todas as pessoas negras ao sofrerem racismo procuram uma punição para a agressão dentro dos meios judiciais, essa não é uma saída concreta para acabar com o preconceito e discriminação racial no Brasil. A luta contra o racismo só vingará com um amplo levante organizado do povo negro, não serão as instâncias do Estado, como alguns setores do movimento negro defendem que assegurarão a dignidade ao povo negro. Visto que o judiciário brasileiro é totalmente seletivo e racista.

No caso de Lucimar, mesmo que estarrecedor não houve vitima fatal, como são os casos registrados das ações da PM em várias regiões do país contra a população negra e pobre. A violência e o racismo ampliada e estimulada pelos governos fascistas contra os negros se espalham pelas redes sociais e internet, todos os dias assistimos homicídios, espancamentos, humilhações, xingamentos das mais variadas formas. Quase nunca existe punições, salvo raras exceções.

No entanto, as instituições do estado burguês, mesmo com leis de combate ao racismo que existe à anos,não consegue diminuir os casos de violência racial, pelo contrário os números só vem aumentando. O atual momento politico que passa o país com o golpe de estado e a ascensão do fascismo com o governo ilegitimo de Bolsonaro, a situação se agrava ainda mais para população negra brasileira. É preciso por um fim nesse regime golpista, o movimento negro deve se organizar e se mobilizar nas ruas.

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