Está em curso, mais uma vez, uma política genocida de Israel contra os palestinos na anexação de territórios da Cisjordânia. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu planeja expandir o território de Israel anexando os assentamentos judaicos na Cisjordânia, o assunto divide a sociedade israelense.
Mais um terço do território palestino que restou da invasão israelense está em perigo. De acordo com os planos israelense, a anexação de cerca de 30% do território da Cisjordânia a Israel se dará em julho, seguindo a linha proposta pelo “acordo do século” do presidente americano Donald Trump para solucionar a questão palestina.
De outro lado, a sociedade israelense se dividiu sobre o tema, temendo possíveis consequências negativas da anexação. A ex-deputada israelense Ksenia Svetlova alertou sobre tais consequências e se juntou a um grupo de 25 ex-parlamentares israelenses que escreveram uma carta aos congressistas dos EUA contra a anexação. “O maior bloco, é o bloco daqueles que acham que a anexação só irá nos trazer danos”, afirmou.
A oposição dentro de Israel se avoluma contra a medida imperialista do Estado de Israel. Ainda segundo Svetlova, os opositores ao plano de Netanyahu afirmam que “em nenhuma circunstância se pode anexar alguma coisa, nem o Vale do Jordão, nem assentamentos específicos, blocos de assentamentos, nem muito menos os postos avançados dos colonos ou a Cisjordânia”, declarou.
Disse também que, “Isso pode provocar, em primeiro lugar, complicações aqui e regionais com os países vizinhos: Egito e Jordânia. [A anexação] também poderá ameaçar o processo de paz e propiciar um aumento das atividades terroristas no território da Cisjordânia, talvez mesmo na Faixa de Gaza. [Assim como] o enfraquecimento do Fatah e de Mahmoud Abbas em consequência do aumento da popularidade do Hamas e tudo o que daí decorre”, acrescentou Svetlova.
Verdade é que a ameaça do Estado israelense piora ainda mais as relações internacionais. O plano de anexação também tem sido ecoado com críticas por parte de países historicamente mais neutros em relação a Israel. É o caso do embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington, Yousef al-Otaiba que, afirmou que o plano prometia algum aquecimento das relações árabe-israelenses.
As massas palestinas estão nas ruas pela criação do Estado palestino. Assim, se, por um lado, o avanço israelense poderia ser a expansão de Israel, por outro lado os colonos dos assentamentos temem que a anexação de parte da Cisjordânia tenha um preço caro demais: o reconhecimento da soberania palestina sobre demais territórios previsto pela proposta de Trump.
A luta dos palestinos é apoiada pelos trabalhadores do Mundo contra a expansão imperialista do Estado de Israel.