Na última semana, foram notificados 3,2 milhões de trabalhadores que solicitaram ao governo dos Estados Unidos o seguro-desemprego, para sobreviver em meio à crise econômica e à pandemia do coronavírus.
Os números são graves. No total, são mais de 33,5 milhões de pessoas necessitando dessa ajuda apenas nas últimas sete semanas. Dessa forma, um a cada cinco norte-americanos que estavam empregados em fevereiro estão sofrendo diretamente com os impactos da crise.
O desemprego geral do país tem como prognóstico alcançar ao menos 16%, sendo a cifra mais alta desde a Grande Depressão em 1929. Hoje, os economistas estimam que se perderá pelo menos 21 milhões de empregos em todo o país.
Assim, em um só mês, todo o crescimento econômico adquirido minimante após a crise de 2008, virá por água abaixo, tornando-se uma das mais profundas crises da história norte-americana.
A economia do país teve uma contração de 4,8% durante o primeiro trimestre deste ano em relação à 2019. Sendo a maior queda desde 2008.
O governo dos Estados Unidos está em pânico; os capitalistas temem o pior com a crise. O PIB poderá entrar em colapso em 40% como consequência do fechamento das empresas e demissões em massa.
Nesse sentido, o vice-presidente da Reserva Federal dos EUA, Richard Clarida, declarou: “Estamos enfrentando a mais severa contração das atividades e o aumento do desemprego que vimos em nossas vidas”, colocando praticamente abaixo qualquer expectativa positiva para o segundo semestre.
A crise do coronavírus tomou proporções históricas. O capitalismo, já havia muito debilitado, não conseguiu recuperar-se da crise de 2008, e, no lugar, surge uma nova crise, ainda mais catastrófica para o sistema.
O fato de os EUA estarem entrando em colapso é um reflexo direto dessa situação. Nem mesmo o país mais rico do mundo tem condições de contornar a crise capitalista mundial. Esta situação, com tamanho de número de desempregados e ataques ao trabalhadores, poderá abrir as portas para um período revolucionário, contra um capitalismo em total colapso.
