Os presidentes da Câmara, Senado e STF, os direitistas Maia, Alcolumbre e Toffoli, emitiram nota de pesar em relação ao número de mortos por coronavírus no país. Assim, ficaram proibidas comemorações, celebrações ou festividades nesse período.
Os três dias de luto no Congresso e Judiciário foram decretados neste sábado (9), após o anuncio dos mais de 10 mil mortos pelo novo coronavírus, após quase três meses de pandemia.
O ato foi publicado no Diário Oficial do Congresso Nacional com as assinaturas de Maia (DEM) e Alcolumbre (DEM). “Precisamos, mais do que nunca, unir esforços, em solidariedade e fraternidade, em prol da preservação da vida e da saúde. A saída para esta crise está na união, no diálogo e na ação coordenada, amparada na ciência, entre os Poderes, as instituições, públicas e privadas, e todas as esferas da Federação desse vasto país”, disse Toffoli, em uma forte alusão a política de “união nacional”.
O caráter cínico destas declarações é perceptível. Estes são os maiores responsáveis pela situação de genocídio que passa a população brasileira. Os ataques vem desde o golpe de Estado de 2016, aprovado por todos estes poderes em um grande acordo da burguesia nacional contra o PT e o povo. Após isso, os ataques foram inúmeros, privatizações e total sucateamento da saúde pública do país. E mesmo durante a pandemia, tais poderes de nada fazem para socorrer o povo, apenas aprofundam a política de massacre com medidas e mais medidas a favor dos grandes capitalistas, cortando assim direitos de milhões de trabalhadores.
Agora, quando em números oficiais, 10 mil pessoas morreram por esta política, figuras da extrema-direita nacional, como Alcolumbre e Maia, saem para lançar nota de pesar em ação “comovente” às famílias das vitimas.
O trabalhador brasileiro, com justeza, vê com forte nojo e repúdio estas declarações. Os governantes não estão ai para adotar uma política de luto, e sim, de resolver o problema. Além do mais, todos sabem que estes golpistas de nada tem interesse em lutar a favor do povo, tornando tudo ainda mais cínico.