Um grupo de jovens negros, 3 garotas e 2 rapazes, denunciaram terem sido agredidas violentamente pelos proprietários de um bar nas proximidades da Pedra do Sal, zona portuária do Rio de Janeiro, na madrugada do último sábado (11/01). As jovens, que usaram as redes sociais e suprimiram seus nomes com medo dos agressores, relataram que queriam simplesmente utilizar o banheiro do estabelecimento, assim como os demais clientes. Porém, lhes foi negado o acesso pelos seguranças e proprietários que já partiram pra cima, atacando-os com barras de ferro, tacos de baseball e com armas de fogo em punho.
Os jovens, que estavam desarmados e completamente indefesos, até pela violência inesperada, ainda foram agredidos por outras pessoas que estavam no bar, amigos dos proprietários. Segundo, as vítimas a agressão foi extremamente violenta e desproporcional e se caracterizou, como uma verdadeira seção de espancamento pois foram cercados por várias pessoas.
As vítimas relataram ainda que o bar já possui histórico de ataques a outras pessoas, inclusive mulheres, e possui uma clientela majoritariamente branca, o que pode ter motivado os ataques. Uma contradição, pois a região da Pedra do Sal é um conhecido reduto de sambistas, sendo considerado um dos locais onde surgiu o samba no Rio de Janeiro, que logicamente possui uma presença majoritariamente popular e da população negra, uma região de comunidade remanescente do Quilombo da Pedra do Sal. É inadmissível, portanto, que além do ataque racista desferido contra os jovens, esse ataque ocorra numa localidade aonde é um reduto da cultura popular e negra do país.
Diversas mensagens de solidariedade e indignação foram postadas nas redes sociais, mas, é importante destacar que, ações como essas não podem ser combatidas somente com medidas legais ou punitivas. Os jovens disseram ter buscado ajuda de um advogado para processar os donos do bar.
A ascensão da extrema direita tem tornado ações fascistas e racistas cada vez mais frequentes e realizadas de forma mais escancarada sem qualquer receio, pois estão avalizados pelo política Bolsonarista, que é tocada também pelas forças de repressão (polícias).
A única forma de parar o avanço dos ataques fascistas e racistas é criando grupos de autodefesa em todos os locais que eles se mostrarem necessários. Locais de trabalho, escolas, universidades, bairros, comunidades, nos movimentos organizados etc, pois a polícia, que é uma instituição fascista por natureza e a justiça que também é racista, não serão a solução para toda a violência sofrida pela comunidade negra, sendo os primeiros os principais autores de violência cotidiana contra o povo negro no país e o segundo é a instituição que corrobora, confirma a violência e liberta os agressores.