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Revolução Iraniana

Irã: o que está em jogo na crise

A força geopolítica torna este país um possível eixo de resistência ao imperialismo no Oriente Médio como um todo.

O Irã é um dos países mais ricos e industrializados do Oriente Médio, além de ser o mais populoso. Sua relevância para a região é fundamental, comparável a de países como Arábia Saudita, Egito e Turquia. Entretanto, sua diferença está na busca de uma soberania e autonomia com relação ao imperialismo. Isso tornou o Irã uma pedra muito incômoda no sapato do Tio Sam e seus aliados.

O incômodo já dura mais de 4 décadas e se mostra cada vez mais distante de ser resolvido, pelo menos aos olhos do imperialismo. Em fins dos anos 70, a classe trabalhadora e setores do clero e da burguesia nacional destituem o último Xá da Pérsia, Reza Pahlavi, encerrando o regime monárquico no país e instituindo a república. Foi empossado um dos líderes da revolução, ligado ao clero, Ayatolah Kohmeini, e o país passou a adotar, a partir de então, uma política “antiamericana”.

Como forma de represália, os norte-americanos e aliados imediatamente apoiaram o presidente iraquiano, Saddam Hussein, na invasão do Irã, visando anexação de territórios. A guerra deixou um saldo de centenas de milhares de mortes, ou talvez mais de um milhão, ao longo de 8 anos de conflitos, empobrecendo duramente ambos os países, mas não foi capaz de derrubar o regime. A revolução e a guerra estiveram diretamente relacionados com a explosão no preço do petróleo, que afetou a economia dos EUA e enfraqueceu a posição hegemônica do Dólar, mundialmente.

O apoio militar dos EUA ao Iraque fez com que este país também procurasse uma expansão e independência do jugo norte-americano. Nos anos 90, Saddam invade o Kwait e os EUA se obrigam a intervir. Apenas mais de uma década mais tarde, sob um pretexto de armas de destruição em massa, os norte-americanos conseguem capturar e matar o presidente iraquiano, embora deixando o país totalmente destruído e à beira de uma guerra civil.

Em 2008, a crise financeira nos países centrais do capitalismo financeiro gerou repercussões no Oriente Médio, provocando as “primaveras árabes” na região. Foi outro ponto alto da crise de dominação imperialista sobre estes países, iniciando novas ofensivas militares sobre a Síria, a Palestina, o Iêmen, por exemplo. Entretanto, contra o Irã, país que tem programa nuclear e um exército respeitável, os imperialistas ficam na defensiva.

A guerra contra o Irã, até o momento, ficou mais restrita à propaganda e aos embargos econômicos. A exceção foram os últimos atentados a líderes militares iranianos, o que soa como uma declaração de guerra, e aumenta o risco da generalização do conflito. Isto se deve ao medo da influência geopolítica do Iran, que cresce na região, auxiliando exércitos de resistência de etnia xiita nos países vizinhos, por exemplo, e também o partido Hamas, na Palestina. Se nada for feito, ondas de sublevação antiimperialistas e antiamericanas podem crescer rapidamente.

Quando analisada de maneira ampla, a política imperialista sobre o Oriente Médio, desde a Revolução Iraniana, pode ser resumida a um processo de crescente polarização onde, por um lado, cresce a força dos movimentos independentes e de resistência na região, principalmente liderados pelo Irã, e por outro, decresce a capacidade dos EUA de controlar os governos destes países. O perigo de que novas situações revolucionárias se desencadeiem na região faz com que os imperialistas não assistam parados a esta perda de controle. Na falta de outras alternativas, lhes resta destruir países, para adiar como podem o alastramento de revoluções pela região. Por isso, é preciso apoiar a resistência e a autonomia iraniana e dos países árabes, um foco de resistência ao imperialismo.

 

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