Indígenas que trabalham em frigoríficos e nas plantações na região sul e centro-oeste tem se contaminado com a COVID-19 e levado o vírus às aldeias, é que tem identificado procuradores do trabalho.
Na região oeste de Santa Catarina, como em Chapecó e Concórdia, região que concentra várias empresas do ramo frigorífico e emprega indígenas, tem registrado um alto índice de contaminação entre os funcionários. O que tem preocupado autoridades que acompanham os povos indígenas e pediram a inclusão dos índios dentro o grupo de risco para que fossem liberados das atividades durante a pandemia.
No Mato Grosso do Sul nos frigoríficos já foram registrados 76 índios contaminados, sendo que 33 foram diagnosticados somente nos frigoríficos da JBS e BRF em Dourados. Após os casos, foi proibido o uso de mão de obra indígena, mas não está havendo acompanhamento da situação nas aldeias, podendo trabalhadores funcionar como vetores da doença para dentro das comunidades indígenas.
Nas lavouras de cana de açúcar do Mato Grosso do Sul, que também foram registrados casos de índios com a doença.
O principal risco com as aldeias é que, historicamente, são comunidades completamente desassistidas de políticas sociais, de renda e de saúde, além de estarem mais vulneráveis a contaminações de doenças vindas de fora de seu povo e apresentarem altas taxas de mortalidade.
Segundo dados do ministério da saúde, já foram registrados 1.737 índios contaminados pela COVID-19.