A imprensa burguesa volta a reforçar a campanha calhorda em torno do problema da pandemia. Em busca de defender os governos burgueses e a política inexistente dos mesmos no combate ao coronavírus, os principais jornais trazem consigo noticias que reforçam o número de “curados”, ignorando os mortos.
Seguindo a própria deixa de diversos bolsonaristas que exige que a imprensa burguesa “pare de dar notícias ruins”, as manchetes de muitas matérias vem de forma enganosa passar um suposto momento de melhora do Brasil frente a pandemia.
Os anúncios são os mais belos. “Pernambuco registra mais que o dobro de curados que de novos casos do coronavírus” diz o jornal do interior. As supostas 2.047 pessoas curadas de acordo com o jornal demonstrariam um “avanço” no combate a pandemia. Quando em paralelo o Brasil já atinge o segundo lugar no mundo com maior número de casos confirmados.
Em primeiro lugar necessitaria de uma real comprovação de onde vieram tais curados. Além disso, mesmo que de fato existam, o problema central está em outros dois fatores: 1. Não há testes, logo o número de casos representados pela imprensa burguesa são exponencialmente maiores. 2. O pretenso “avanço” dado pela burguesia, nada mais é que uma mera propaganda a serviço da nova etapa da política golpista, a de reabertura de todas as cidades.
Na ânsia de abrir novamente as empresas e colocar os trabalhadores amontoados para trabalhar, os capitalistas patrocinam o que for necessário para “tranquilizar” o povo de que “tudo está voltando ao normal”. Esta política farsesca é emcabeçada pela imprensa golpista.
O próprio Estado de Pernambuco citado anteriormente tem casos graves em 157 municípios. Apenas nos últimos dias mais de 50 pessoas faleceram devido ao coronavírus, sendo 17 na capital, Recife.
Tais números provam o quão falaciosa e criminosa é esta política. Para os capitalistas o fundamental é garantir seus lucros, não importa o quanto o povo terá que sofrer para isso. Dessa forma, a imprensa burguesa, a mesma da luta contra as “fake news” sai em defesa dos interesses dos capitalistas, sem titubear mesmo com a propaganda mais cínica possível.