Nessa semana, com a pressão da crise do coronavírus, a Irlanda tomou para si o controle de todo sistema de saúde privado do país. Durante a pandemia, todo sistema de saúde será controlado pelo Estado e foi retirado da mão dos capitalistas.
“O Estado assumirá o controle de todas as instalações hospitalares privadas e administrará todos os recursos para benefício comum de todo o nosso povo”, afirmou o ministro da saúde irlandês.
Nessa ação, cerca de duas mil camas, nove laboratórios e milhares de profissionais da saúde passam a integrar o sistema universal e gratuito de saúde, para atender a demanda gerada pela pandemia. O ministro da saúde frisou que “não pode haver espaço para competição entre o público e o privado” durante a crise, isto é, admitiu a completa falência do capitalismo para combater a pandemia.
Está claro que no caso da Irlanda não foi uma benevolência do primeiro-ministro Leo Varadkar, que é membro do partido Fine Gael, o partido democrata-cristão irlandês. Mas uma pressão gigantesca das massas oprimidas sob o governo, colocando-se sempre a ponto de uma convulsão generalizada durante a crise.
A atitude é uma reação à crise, e não uma precaução. Mas o fato é que mostra a total coerência e não só que é possível, mas imprescindível, estatizar todo sistema de saúde para combater de fato a pandemia de coronavírus. Deve-se ter a mesma política para o Brasil imediatamente, devido ao nível crítico da pandemia no país, o lucro dos “açougueiros” da saúde deve ser posto no lixo em detrimento da vida da população. Essa política é necessária em todo mundo.