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Em nome da frente ampla

Governadores “de esquerda” recusam-se a se chocar com Bolsonaro

Os governadores de esquerda na recusa de lutar contra Bolsonaro, mostram o que são na verdade: meros representantes do regime político burgues e não do povo

Os governadores “de esquerda”, destacando-se Camilo Santana (PT-CE), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Rui Costa (PT-BA), dentre outros, que constituem o núcleo animador da chamada frente ampla, procuram agora se resguardar do confronto direto com o governo federal afastando-se o mais possivel das mobilizações que começam a crescer no país pelo fora Bolsonaro. Colocam-se assim no sentido oposto ao do movimento que cresce também a partir de sua próprias bases apoio.

Ao jornal golpista O Globo, o governador do Maranhão disse manter contato semanalmente com figuras da direita como o governador de São Paulo João Doria (PSDB), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o apresentador Luciano Hulk (Globo), com a esquerda, com população pobre, com os movimentos sociais que estão saindo às ruas para derrubar Bolsonaro, no entanto, não há nenhuma articulação a vista da parte dos governadores de esquerda.

Sobre a frente ampla, revelou Dino, no mesmo jornal, sua essência: “eu acho que essa frente ampla vem se consolidando ao longo dos últimos meses. Hoje existe um bloco bastante sólido de uns 20 governadores dos mais diferentes partidos. Nessa dimensão institucional, já existe uma frente ampla pela causa da defesa da democracia. Isso vai virar uma frente eleitoral? Pode virar, mas não é o objetivo agora”. Esse é o espírito que anima também os demais governadores tidos como de esquerda.

O âmago da política da frente única não é, naturalmente, como exposto acima, a constituição de um bloco político para derrubar o governo em defesa da vida, dos direitos e interesses do povo, que está sendo esmagado e aniquilado pela política bolsonarista, o que significaria, no atual estágio da crise, a derrubada de todo regime político existente, mas justamente uma operação para resguardar esse regime apodrecido – que os frente amplistas chamam demagogicamente e a todo momento de democracia – dos violentos e letais golpes que as massas mobilizadas podem lhe infligir.

Os governadores de esquerda, assim como os de direita, mostram que são representantes, não do povo, mas do regime político burguês; da institucionalidade; cumprem o seu ofício de responsáveis por esse regime e nesse sentido colocam-se na contramão dos interesses vitais das massas populares que os elegeram em favor da política da frente ampla, ou seja, dos interesses de um dos mais importantes setores capitalistas.

A operação política da frente ampla se desenvolve em dois sentidos principais: conter ou usurpar-se para os seus próprios fim da mobilização popular latente, apresentando uma aparente saída institucional a cada passo da luta política e compor um bloco político de um setor da burguesia, com um certo respaldo popular, reside aí o papel que a esquerda é chamada a desempenhar, para impor ao governo federal uma determinada política, ou seja, para controlar o governo Bolsonaro, sem com isso criar um desgaste ainda maior do regime político de conjunto.

A defesa da democracia, repetida incessantemente é um mero artifício retórico da frente ampla, trata-se sim de defender o cambaleante regime político atual, que não tem nada de democrático, edificado pós-golpe de 2016, preservando o que a burguesia considera conquistas, ou seja, a política econômica, trabalhista e social de Temer-Bolsonaro e pondo um certo freio ao golpe fascista, que setores importantes da burguesia consideram que poderia gerar uma instabilidade política e econômica total, quando não uma crise de proporções catastrófica; ao mesmo tempo a frente ampla atua como elemento de contenção da mobilização popular, pois consideram uma vitória mobilização popular contra Bolsonaro o pior cenário de todos. Logicamente, que caso o golpe fascista seja efetivado, se Bolsonaro e os militares reunirem as condições, a burguesia de conjunto se somará a iniciativa deixando os aliados de esquerda na defesa da democracia a ver navios.

A política frente amplista dos governadores de esquerda é completamente contrária aos interesses do povo trabalhador; não estão na vanguarda da luta popular, mas constituem na retaguarda da política burguesa, pela qual são arrastados.

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