Nesta quarta-feira (27), de acordo com o Diário Oficial da União, o Governo Federal encaminhou à Câmara dos Deputados o criminoso projeto “Future-se”, do MEC, que visa privatizar a educação.
Por enquanto, o despache dado pelo fascista Jair Bolsonaro não dá detalhes a mais sobre o texto enviado à Câmara, contudo, sabe-se que a iniciativa tem como intuito levar a frente este projeto, aproveitando-se do fato de que todo o movimento estudantil está completamente paralisado.
Com a crise do novo coronavírus, a burguesia vem utilizando da paralisia como maneira de impulsionar todos os projetos criminosos que até então, devido as inúmeras mobilizações, não haviam sido aprovados.
O melhor exemplo deste imobilismo, são as declarações dadas pelas principais organizações estudantis. UNE e UBES uniram-se para “denunciar” o absurdo. Fato é, que esta denuncia não passa finalmente de meras declarações vazias, as organizações, graças as suas direções, de nada fazem para resolver o problema.
O presidente da UNE, Iago Montalvão, disse “Inacreditável. No meio da maior crise sanitária que o mundo viveu, com mais de 20 mil mortes no Brasil, as universidades com aulas suspensas e uma série de dificuldades, o MEC resolve encaminhar o projeto do Future-se para a Câmara. Que inversão de prioridades absurda”.
No mesmo sentido a UBES, declarou ser um “absurdo” tal iniciativa.
ABSURDO! O MEC enviou, hoje, o projeto do Future-se para o Congresso Nacional. Assim mesmo. No silêncio. Isso é inadmissível e totalmente inadequado ao momento em que vivemos! #ForaWeintraub é urgente!
— União Brasileira dos Estudantes Secundaristas ✏️ (@ubesoficial) May 27, 2020
Estas declarações evidenciam bem o panorama geral. Tanto UNE quanto UBES, dominadas pela UJS, juventude do PCdoB, resolveram por fechar suas sedes e abandonar a luta política real por declarações nas redes sociais.
De hashtags a discursos em lives, a paralisia total destas organizações permite com que toda a burguesia tenha seu caminho livre para implantar seus projetos criminosos. Enquanto a esquerda não age, a direita passa por cima.
No entanto, os milhões de estudantes afetados de nada tem a ver com os erros da política pequeno-burguesa. Está colocado como dever urgente, frente aos ataques do governo Bolsonaro, a necessidade de se organizar pela base todo movimento estudantil, formando comitês de luta, tendo assim como eixo essencial o interessente dos estudantes, a luta e a mobilização.