Os patrões dos frigoríficos, desde o início da pandemia do coronavírus, declararam que iriam ter uma grande demanda nas exportações, principalmente no continente asiático às custas do sacrifício de um grande contingente de trabalhadores que estão sendo contaminados e mortos.
De Norte a Sul do país, só se vê informações de que está aumentando os trabalhadores infectados neste setor industrial, no entanto, os patrões escravistas fingem que nada esta acontecendo, uma vez que a fábrica continua produzindo e a situação permanece como sempre, ou seja, as péssimas condições de trabalho é o cotidiano. Para os patrões, os operários são escravos abatendo, desossando e cortando nas mesas de cortes, com um risco imenso de serem infectados.
Grupos como JBS/Friboi, BRF – Brasil Foods, Marfrig, Minerva, Aurora, Minuano entre inúmeras outras são frequentemente denunciadas com casos de Covid-19.
No Rio Grande do Sul, a JBS/Friboi teve o frigorífico de Passo Fundo interditado por três vezes seguidas, e neste Estado, até onde se tem informações, há 83 municípios com trabalhadores contaminados.
No Paraná, o prefeito golpista Claudemir Bongiorno de Cianorte cinicamente disse ter feito testes em 200 trabalhadores, num frigorífico de mais de 3000 trabalhadores, porém, o Ministério Público do Trabalho (MPT) constatou 193 contaminados, desmascarando o prefeito patrão golpista. O município, no entanto, tem menos pessoas contaminadas do que o próprio abatedouro. Claudemir, quando foi interditado seu frigorífico, imediatamente acionou o Tribunal Regional do trabalho (TRT) da 9ª região para fazer com que os trabalhadores voltassem, mesmo sem que houvesse teste.
O fascista Bolsonaro através da ministra da agricultura, golpista, latifundiária Tereza Cristina, diretamente envolvida no esquema da atividade essencial dos frigoríficos, declarou seu total compromisso em fazer com que o setor funcione ininterruptamente, dia e noite, todos os dias semana, ou seja, de segunda às segundas-feiras.
Os patrões genocidas estão, a todo custo, tentando esconder a imensidão de casos de coronavírus nas centenas de frigoríficos e centenas de milhares, beirando ao milhão de trabalhadores para fazer parecer que corre tudo normal no setor, mas a realidade dos trabalhadores é de calamidade pública, ou seja, se em um Estado inteiro, como o Rio Grande do Sul com 12 milhões de habitantes, o setor frigorífico, com menos de 100.000 trabalhadores ter o correspondente a 25% dos casos confirmados, é para deixar os operários totalmente desesperados.
É preciso lutar pela vida dos trabalhadores em frigoríficos, os patrões, que estão em seus lares contando os grandes volumes de dinheiro entrando em suas contas bancárias, não têm nenhuma preocupação com isso, por isso é preciso organizar imediatamente a greve.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) à frente, deve impulsionar a luta contra esses patrões genocidas e, os operários devem organizar em suas fábricas, comissões para debater e tirar propostas de encaminhamentos diante dessa situação catastrófica.
A formação de conselhos populares, nas periferias, onde os trabalhadores residem, para discutir e tirar propostas diante da situação da pandemia do coronavírus. Lutar pelo fora o Bolsonaro e todos os golpistas.