A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contra- CUT) lançou nessa terça-feira (21) pesquisa on line “para saber como está o funcionamento das agências bancárias por todo o Brasil” (site Contraf- CUT 20/04/2020) e, informa que a pesquisa “é também uma forma de fiscalizar se os bancos estão tomando os cuidados que se comprometeram nas negociação entre o Comando dos Bancários e a Federação Nacional dos bancos”. (idem)
Para a presidenta da Contra-CUT, Juvandia Moreira, “reforça que a participação da categoria é importante par que o comando consiga ter uma análise o mais próximo possível da realidade e, assim, cobrar dos bancos ações efetivas para a melhoria da situação” (idem)
Uma coisa é certa e, logicamente, não se pode ter qualquer tipo de dúvida, é que as agências bancárias, em todo o país, estão lotadas, com filas quilométricas nas portas dos bancos, causando aglomerações e a mesma coisa acontece também nas salas de autoatendimento e nas próprias dependências das agências. Para os bancários, além de correrem sérios riscos de contrair o coronavírus por estarem trabalhando dentro das agências bancárias em ambientes fechados sem ventilação, falta de tudo nos seus locais de trabalho, desde álcool gel até máscaras de proteção sanitária. Os banqueiros e seus governos não estão nem um pouco preocupados com a saúde dos bancários muito menos com a da população, para eles o que interessa é única e exclusivamente o lucro a qualquer preço, nem que para isso seja necessário ceifar dezenas de milhares de vidas.
A pesquisa realizada pela Contraf-CUT é importante e deve ser incentivada e aproveitada, mas tem as suas limitações. Para se ter um quadro real da situação basta ir nas agências para ver as condições em que os bancários e a população estão submetidos.
As direções sindicais ao invés de estarem presentes nos locais de trabalho acompanhando o total descaso nas agências e mobilizar, inclusive com uma eventual paralisação, das agências que não dão as devidas condições de trabalho, em resposta às péssimas condições de trabalho, trocam essas ações nas unidades de trabalho por “atividades” unicamente virtuais. Para eles o sindicato pode parar e realizar o seu trabalho home office, mas a categoria não. Um verdadeiro absurdo.
Nesse sentido é necessário que os sindicatos reabram imediatamente as suas portas, que sejam organizados comitês de luta em cada local de trabalho e organizar a paralisação daquelas agências que não estão atendendo as exigências de proteção contra a proliferação da contaminação do coronavírus.