São Paulo

Farsa do “isolamento” em São Paulo, reabertura já no próximo mês

O governador João Doria (PSDB) anunciou um plano para a reabertura das atividades econômicas a partir da próxima segunda (01). Isso no momento de pico da pandemia do Covid-19.

O Brasil registra 377.711 casos confirmados e 23.606 mortes por Covid-19 até dia 26 de maio. Somente no estado de São Paulo, são 82.161 infecções e 6.163 mortes. Este último é o estado com maior número de doentes e o centro nacional de propagação da coronavírus.

A situação em São Paulo, dos pontos de vista sanitário e social, se agrava a cada dia. A taxa de ocupação das UTIs na Grande São Paulo está em 92,6% e as enfermarias em 78,4%. Na capital paulista, 88% dos leitos de UTIs estão ocupados. Em todo o território estadual, que abrange 645 municípios,  a taxa de ocupação geral é de 75,8% e as enfermarias de 57%. Os dados demonstram que a pandemia, se não chegou no seu pico, está prestes a chegar.

Nestes dois meses de política de isolamento social, a imprensa capitalista – Globo, Folha de São Paulo, Estadão, etc – fez uma campanha intensa em apoio ao governador João Doria (PSDB). O isolamento social, que nunca chegou a ser realidade para a esmagadora maioria do povo pobre e trabalhador, era pintado como a solução mágica para conter a propagação da pandemia. O governo de São Paulo foi tido como o exemplo para todo o país.

Uma farsa é sempre revelada. E a própria realidade desmascarou a farsa do isolamento social em São Paulo. João Doria anunciou que pretende retomar as atividades econômicas e comerciais, em quatro etapas, a partir da próxima segunda (01/06). Ocorreria a retomada gradual nos diversos ramos da economia, de acordo com a redução do número de casos, a taxa de isolamento social e a ocupação dos leitos de UTI. Os municípios que, até segunda-feira, registrarem aumento ou mantiverem a taxa de isolamento em 55%, reduzirem o número de casos por 14 dias seguidos e mantiverem a ocupação dos leitos de UTI abaixo dos 60% poderão proceder à reabertura. Periodicamente, o governo avaliaria a situação e poderia determinar a volta à quarentena.

A burguesia de conjunto pressiona os governos pela retomada das atividades econômicas, uma vez que lhes interessa salvar seus negócios e seus lucros. O plano de Doria é uma forma de atender as necessidades da burguesia, mas mantendo a fachada de que se preocupa com a população trabalhadora, que está sendo e será ainda mais exposta ao contágio e a morte.

É bem ilustrativo o fato de a reabertura das atividades estar sendo organizada no momento de pico da pandemia, onde se registram centenas de mortes diárias. Isso demonstra, uma vez mais, que a burguesia e seus governos não têm preocupação com a pandemia e a mortandade que está causando na população, que não tem a menor condição de se proteger, praticar o isolamento social e tampouco encontra atendimento adequado no frágil sistema público de saúde.

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