Os banqueiros, um dos principais patrocinadores “nacionais”do golpe de Estado no país, mesmo com toda a crise, em consequência da pandemia do coronavírus, estão lucrando absurdos. O Banco Central anunciou recentemente a liberação de R$ 1,2 trilhão para o sistema financeiro, além disso os bancos acabam de aumentar os juros dos cartões de crédito, que passarão de 316,7% ao ano para 322,6%, um aumento de quase 6%, ou seja, os banqueiros continuam esfolando a população, não apenas com o aumento dos juros de cartão de crédito, do cheque especial, empréstimos, mas também através dos recursos do dinheiro público com as benesses dos seus representantes no governos e no Congresso Nacional.
Enquanto isso a categoria bancária e a população em geral estão correndo um sério risco de morte por conta da contaminação do coronavírus nas dependências bancárias, sem que os banqueiros deem as mínimas condições de higienização nos ambientes de trabalho, sem as devidas medidas de prevenção contra o contágio viral.
A pandemia mundial do coronavírus é a maior e mais ameaçadora crise sanitária vivenciada desde a devastadora epidemia da gripe espanhola, ocorrida há cento e dois anos, que ceifou cerca de 100 milhões de vidas. No Brasil a doença provocada pelo vírus COVID-19 vem se espalhando velozmente, onde o número de infectados e mortes vem crescendo a cada dia.
As poucas medidas adotadas pelos bancos não dão conta do risco que toda a categoria está passando.
Segundo dados da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), hoje 200 mil bancários estão em casa realizando trabalho remoto, nos chamados homeoffice e, 2.200 agências, no país inteiro, se encontram fechadas, mas o que são esses números comparados com a realidade dos bancários! Hoje a categoria bancária conta com cerca de 450 mil trabalhadores, são mais de 20 mil agências espalhadas por todo o país, isso sem contar com os milhares de postos de atendimento e dependências administrativas que, tirando os números divulgado pelos banqueiros, é um contigente gigantesco de bancários que estão passando por um sério risco de vida sem que sejam tomadas as devidas providências da efetiva de higienização nos locais de trabalho. Falta tudo nos ambientes bancários, desde o álcool gel até mascaras de proteção sanitária, os clientes se aglomeram nas agências e nas salas de autoatendimento sem que o ambiente tenha ventilação etc.
Para a categoria bancária não há outra saída que não seja a organização uma gigantesca mobilização para enfrentar a política reacionária dos banqueiros, que pouco se importam com a saúde do trabalhador. As direções sindicais deve chamar imediatamente assembléias das suas respectivas bases para deliberar uma greve geral de toda a categoria nacionalmente. Não é coerente a política adotada pelas direções sindicais em estabelecer a política da direita de quarentena e confinamento como a única forma de conter o avanço da pandemia do vírus corona, quando os trabalhadores bancários são obrigados a trabalhar normalmente, utilizando transporte público, etc., ao contrário do que se prega a não mobilização irá ocasionar o contágio de milhares de bancários e poderá custar a vida de outros tantos. Os bancários precisam interromper as suas atividades imediatamente, entrar em greve. Organizar comitês de empresa nos locais de trabalho para que os próprios trabalhadores decidam o que fazer, organizar uma pauta de reivindicações para atender a necessidades urgente da categoria.