Os educadores do estado do Paraná continuam sua mobilização contra o governo fascista de Ratinho Jr. Na tarda da quarta-feira (18), educadores e educadoras iniciaram a ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Entre as reivindicações da categoria estão a revogação do Edital 47 (que estabelece processo seletivo para funcionários temporários), o pagamento de progressões – já pagas a outras categorias do serviço público paranaense – e a revogação da militarização das escolas do Paraná.
Os professores já estavam mobilizados deste o dia anterior, terça-feira (17), onde já estavam acampados no Centro Cívico, local onde ficam o Palácio Iguaçu (sede do governo Paranaense) e a ALEP. Nesta mesma terça-feira, foi realizada marcha pelas ruas da capital paranaense.
O Edital 47 é mais uma das maneiras do fascista Ratinho Jr. destruir a educação do estado do Paraná. Não só é uma medida sem noção da realidade, pois estabelece uma prova presencial em meio a pandemia. Estima-se que mais de 90 mil pessoas concorrerão ao concurso, um número gigantesco e que servirá para disseminar a pandemia mais ainda.
Este processo seletivo é demagógico e genocida, pois ignora a possibilidade de estender o contrato de profissionais temporários da educação que já estão na ativa e que logo ficarão sem emprego. Isto deixa claro que a política de Ratinho Jr. é bolsonarista por excelência, visto o seu total descaso com os profissionais da educação e a população em geral.
Além de fascista, Ratinho Jr. também falta completamente com seus compromissos. No desfecho da greve de 2019, foi firmado acordo com o governador paranaense para realização de concurso público para suprir a falta de profissionais na educação.
Sobre o não pagamento de progressões, que já foram implementadas em outras categorias do serviço público do estado do Paraná, Ratinho Jr. mostra que é inimigo da educação. Além da falta de profissionais, os educadores – não apenas no Paraná, mas em todo Brasil – são uma das categorias mais mal remuneradas no serviço público.
Há também a luta contra a militarização das escolas estaduais, especialmente os colégios noturnos, que atendem a parcela mais carente da classe trabalhadora. Esta prática é não apenas um ataque aos educadores, mas a toda classe trabalhadora, pois é mais do que sabido que as escolas militares são ambiente de assédio moral (a professores e alunos) e outras práticas criminosas comuns à instituição fascista chamada Polícia Militar. Em Londrina, recentemente, um aluno foi agredido por policiais em uma escola militarizada. Um crime da maior grandeza!
Entretanto, o APP-Sindicato, organizador da ocupação e vinculado a Central Única dos Trabalhadores (CUT), erra ao pedir a saída do secretário de educação Renato Feder. Isto não basta! O sindicato e a CUT devem se mobilizar pelo Fora Ratinho Jr. e não pela derrubada de secretários, que logo serão substituídos por elementos ainda mais fascistas.