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Luta contra os fascistas

Direita se combate nas ruas, não com o Judiciário golpista

Entregar a luta ao Judiciário, além de tirar o foco das ruas, é um erro gravíssimo que a esquerda não pode se dar ao luxo de cometer.

No cenário político atual, em que nos deparamos com o problema do coronavírus, é angustiante perceber que o governo golpista longe está de executar um programa contundente contra a disseminação provocada pelo fácil contágio que é proporcionado por ele. 

Uma estratégia mundial aplicada no combate ao vírus está o distanciamento social, e que tem sido utilizado como importante ferramenta para evitar o colapso do sistema de saúde, que é favorecido, na medida em que, inibindo os aglomerados, dificulta o contágio, e, consequentemente também a demanda de doentes infectados que buscam os hospitais.

É claro que a medida precisaria alcançar minimamente a população para que dê certo. O que, por óbvio, essa tarefa nunca foi alcançada no Brasil. A alegada quarentena não foi o suficiente para evitar o colapso do sistema de saúde, e que, em muitos lugares já começa a aparecer.

Adeptos da postura tomada pelo governo golpista capitaneada por Bolsonaro, vários grupos de direita e extrema direita, estão vindo às ruas para estimular a população a que se manifeste favorável ao fim do isolamento social.

Esses grupos têm se mostrado atuante, não faltando quem, da ala burguesa que os apoiam, financie sua luta com carreatas, edição de vídeos, panfletos, e toda sorte de material promocional de suas ideias, sobre, por exemplo: novo AI 5, fechamento do Congresso Nacional, intervenção militar, e por aí vai.

E a esquerda? O que tem feito sobre isso?

Diante da organização desses grupos, a esquerda têm se perguntado: A esquerda e os movimentos sociais devem propor proibição dessas manifestações? Não seria uma atitude antidemocrática? Estas ações não poderiam ser usadas contra a própria esquerda e os movimentos sociais mais à frente?

Portanto, é correto que os partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais façam ações judiciais e cobrem de governos e da Justiça a proibição destes protestos criminosos e ilegais?

A organização dos fascistas não é nova. Já faz algum tempo este diário tem denunciado o problema e exortado a população para que se organize em comitês de lutas e se prepare para o combate. Mas, nunca, um combate que fosse no judiciário, e sim nas ruas. Isso porque, entendemos que entregar a luta para o Judiciário é alimentar a ilusão de que as instituições ainda podem nos ajudar a derrubar a direita, quando não podem, e isso pelo simples fato de que são elas que as dominam.

Embora nós estejamos vendo que a imprensa, em especial a Globo, e o Congresso, especificamente o “Centrão”, tenham se posicionado contra o governo fascista de Bolsonaro, em um jogo de cena, não é verdade que as instituições defendem uma agenda de trabalho voltada para o trabalhador, os desempregados e os miseráveis desse país.

A crise política do governo Bolsonaro, e a movimentação da própria direita diante de uma tentativa de trocar o governo que nunca foi a sua primeira opção,  não pode nunca ser confundida com o apoio institucional que a esquerda precisava para derrubar o fascismo.

Até porque, a burguesia comanda todas as instituições, com um controle absoluto da direita, hoje dividida por bolsonaristas ou elementos com uma política muito semelhante, e que representam uma agenda de trabalho de ataque aos direitos da população e entrega da economia ao imperialismo. 

Portanto, ela tem condições de trocar Bolsonaro por um governo igualmente repressivo e destruidor. Ela domina o jogo institucional. E nunca, depois da queda de Bolsonaro e seu grupo, subiria ao poder, pelas mãos da direita, um grupo de esquerda que trouxesse ao país uma agenda de trabalho que pudesse por abaixo todos os planos da direita.

E, como o judiciário é um setor importante de apoio à política da direita, basta lembrar os escandalosos golpes desfechados por Moro e a Lava Jato contra Dilma e Lula, que qualquer credibilidade nele cai por terra, acreditamos que a ideia de deixar nas mãos do Judiciário da luta é alimentar uma ilusão no imaginário popular, tirando o foco de onde verdadeiramente pode ser conseguida alguma coisa.

A luta da esquerda depende de uma mobilização revolucionária dos trabalhadores e da população explorada. A burguesia não entregaria nada de graça, pelo contrário, se não se sentir ameaçada, ela nem mesmo atenderá aos mínimos pedidos do povo. O povo deve permanecer nas ruas, mobilizados pela esquerda e suas organizações de massa, para derrubar Bolsonaro e impor sua política democrática.

Se Bolsonaro cair, é preciso que haja eleições gerais, porque, como Bolsonaro não é legítimo por ter sido “eleito” em meio a um golpe de Estado, nenhum sucessor seu (o vice-presidente, o presidente do Senado, da Câmara, etc.) será legítimo, pois é parte fundamental desse golpe. Eleições livres para que o povo tenha condições de eleger quem ele quiser.

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