Após comemorar com uma turnê, “40 anos de Amor à Musica” do seu disco de estreia, Ângela Maria Diniz Gonçalves, mais conhecida como Ângela Ro RO, dividiu o palco com o pianista Ricardo Mac Cord com quem faz parcerias a muitos anos. A artista, que completou 70 anos de idade no ano passado, está passando por uma grande crise financeira e, nesta última sexta-feira, dia 19, estava pedindo ajuda em redes sociais: “Quem puder depositar apenas R$10, agradeço”. Passando o número de sua conta bancária e afirmou também: “Estou passando dificuldade financeira, já tentei vender uma live barata, mas ninguém se interessa”.
A compositora se encontra no momento, em um sítio em Saquarema (RJ), desde o início do carnaval, herdado de seus pais e no começo do mês, a cantora afirmou que pediu dinheiro emprestado a funcionários. Disse também que pretende escrever um livro durante esse momento de pandemia, esperando alguma oferta de trabalho. E sobre política, ela desabafou: ” Estamos seguindo um caminho, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, desgraçadamente horroroso e desumano. Nós pertencemos a essa raça desumana. Tem muita gente ruim. A grande parte das pessoas é omissa, e a omissão é o pior dos crimes, porque você fica ao lado do mal. Quem cala consente.”
Cantora, compositora e pianista, Ângela Ro Ro foi gravada por grandes nomes da MPB, desde Maria a Bethânia a Barão Vermelho, de Ney Matogrosso a Zélia Duncan. Considerada pela revista Rolling Stone a trigésima terceira maior voz da música brasileira. Começou a estudar piano clássico aos cinco anos de idade e o apelido Ro Ro vem da risada grave e rouca. Entre os anos de 1970 e 1974, por causa do regime militar no Brasil, que nesta época estava no auge naquela época, mudou-se para Londres, na Inglaterra fugindo do regime que perseguia muitos artistas naquela época, principalmente os que tinham idéias mais progressistas e contra a ditadura que defendia a burguesia, classe que censura a arte e a cultura.
Ângela Ro Ro passa agora, por um problema que vários artistas vem sofrendo, exceto os que estão alinhados com a burguesia, como Regina Duarte e Mario Frias. Problema co este governo ilegítimo e fascista de Bolsonaro que está acabando com vários setores sociais, como a cultura, salvando os bancos e os grandes capitalistas. A artista sofre um problema que afeta a classe trabalhadora no mundo inteiro: o capitalismo que está falindo tenta se segurar em pé nas custas daqueles que são os verdadeiros trabalhadores, os que realmente produzem e movem o mundo.