Os patrões da indústria automobilística com o objetivo de manter a taxa de lucro nas alturas, em plena crise do coronavírus, planejam fazer isso à custa da miséria da classe trabalhadora.
A Renault em São José dos Pinhais, na grande Curitiba e a Ford em Camaçari, região metropolitana de Salvador anunciaram planos de demissões e suspensão de contratos, respectivamente.
A Renault quer jogar no olho da rua 800 trabalhadores através do famigerado Plano de Demissão “Voluntária” (PDV), onde apresenta uma miséria para que o trabalhador fique desempregado por um longo período, já que a crise da pandemia não dá sinais que terminará tão cedo. Oferecem um pacote que, dentre as cláusulas, a manutenção do plano médico por tempo determinado e parte da PLR (Participação dos Lucros). Mas o pacote de benefícios dos patrões param por aí. Para os que permanecerem na empresa propõe a suspensão de reajuste salarial e oferece um abono.
Evidentemente a categoria, em assembléia realizada no último dia 17 de julho rejeitou a proposta.
Para os trabalhadores da Ford em Camaçari, os patrões reservaram outro tipo de ataque, esse através da MP 936/2020, editada pelos seus representantes no governo federal, e suspendeu os contratos por três meses de 1600 operários, dentre efetivos e terceirizados. Além disso, a empresa já afirmou que logo após terminar o prazo irá abrir um PDV com o objetivo de enxugar o quadro funcional.
As demissões em massa, que estão ocorrendo na indústria automobilista, não deixa dúvida do caráter dessa meia dúzia de parasitas, que passaram décadas e décadas lucrando aos tubos às custas da exploração da classe operária e no momento de crise, para que se mantenha os seus privilégios, jogam na miséria milhares de pessoas.
Os trabalhadores, além de rejeitar as medidas dos patrões, devem exigir imediatamente da direções sindicais que organize a greve da categoria contra as demissões e, se não atendidas as reivindicações ocupar as fábricas, para impedir a ofensiva reacionários dos patrões. São os patrões que têm que pagar pela crise. Se eles não querem abrir mão dos seus privilégios, os trabalhadores tem todo o direito de assumir o controle da empresa e organizar a produção e gerir a empresa.