Para manter o controle burocrático do Sinpeem, a burocracia sindical capitaneada pelo vereador e presidente Cláudio Fonseca (do PPS, e da chapa de Dória/Covas) já iniciou a articulação do golpe, para se manter à frente do sindicato com a oposição de fachada (PSOL, PSTU, grupos menores e “independentes”). Estão armando um verdadeiro golpe em torno das eleições para o triênio 2020-2023.
No último dia 13, a diretoria do Sinpeem reuniu pela terceira vez, a comissão eleitoral para a organização as eleições para a diretoria. Todo o processo eleitoral já se inicia excluindo a categoria dos debates quanto à formação da própria comissão eleitoral, composta majoritariamente por pessoas ligadas à direção sindical, escondendo-se da categoria o processo de eleição.
Para a reunião, a presidência da comissão eleitoral apresentou dois assuntos a serem discutidos: a) Data limite para a inscrição das chapas; b) a data da eleição para a diretoria do sindicato. Quanto a data da eleição ficou definido que a data seria definida após crise do coronavírus, no entanto, o mesmo não se deu para a inscrição das chapas ao pleito eleitoral, onde ficou definida a data de 22/04, ou seja, apenas UMA SEMANA para que os mais de 80 mil servidores da capital possam influir nos debates de formação de chapas para a direção do maior sindicato municipal do país.
A direção sindical se aproveita do momento em que os professores e funcionários de escola cumprem isolamento e estão sob a pressão do risco da doença e também das pressões do atendimento online, colocado pelo governo fascista de Bruno Covas para a comunidade escolar. E assim não possam participar dos debates para a formação de uma chapa que siga os anseios de luta da categoria.
Como na época da ditadura, em que os avisos de eleições sindicais, eram dados em notas de rodapé ou nos classificados dos jornais da imprensa burguesa, as ações dos grupos dirigentes do sindicato para a eleição sindical também não são divulgadas e não fazem parte sequer do jornal online ou impresso que vai para a categoria.
Querem com isso, excluir a imensa maioria da categoria que não aguenta mais as brutais derrotas impostas pelos governos de direita como Covas que aprovou junto à câmara municipal golpista de São Paulo, o plano de privatização e capitalização da previdência ampliando os descontos e aumento do tempo de contribuição em quase 30%, assim como os salários já bastante defasados diante das necessidades dos trabalhadores da educação e dos servidores municipais.
É necessário que se convoque um amplo fórum da categoria que delibere sobre as decisões gerais das eleições do sindicato. Os profissionais em educação não podem ser tratados como gado, sendo chamados somente depois a referendar chapas da burocracia sindical, acomodadas dentro do aparato sindical. Os professores precisam se manifestar, exigindo a total paralisação do processo eleitoral, sem a participação dos trabalhadores.
Esse episódio evidencia a necessidade de uma nova direção para a categoria dos professores e servidores da educação, o que só será possível por meio da construção de uma oposição de verdade, classista e combativa, que atue na luta dos trabalhadores e não apenas nas campanhas eleitorais. Por isso chamamos a fortalecer a construção de Educadores em Luta, como núcleo, a fortalecer nosso Boletim e atividades, para avançar nesta direção.
Os profissionais em educação precisam se mobilizar contra Covas, Dória e Bolsonaro que estão trabalhando incansavelmente pelo genocídio da população. Participar ativamente da formação dos conselhos populares junto aos bairros e formar comitês de luta dos Educadores contra a ofensiva de Covas e demais governos, inimigos da Educação e da população.