A direção golpista do Banco do Brasil prepara mais uma medida que visa atacar os direitos dos trabalhadores além pavimentar o caminho para a privatização da empresa.
Não é novidade para ninguém que o governo golpista de Bolsonaro, através do ministro tresloucado da Economia, Paulo Guedes, e o seu amiguinho Chicago-Boy a frente do Banco do Brasil, Rubem Novaes estão a todo o custo tentando viabilizar a privatização do banco.
Recentemente Guedes em reunião ministerial no mês de abril último defendeu que é necessário o governo federal “vender logo essa porra do BB”, criticando o banco público e disse que está muito atrás dos bancos privados, afirmando que a instituição está em atraso na corrida tecnológica. O presidente do BB, em junho passado, defendeu, mais uma vez, a privatização do banco em audiência pública no Congresso Nacional e que pretende transformar o banco em uma grande “Corporation”, com controle pulverizado, por meio da venda de ações a um número maior de sócios.
A política do banco pós-golpe de Estado, que culminou com a maior farsa eleitoral que o país já registrou na sua história, está sendo de preparar o banco para a sua privatização. Demissão em massa, achatamento salarial, fechamento de centenas de agências e postos de serviço, descomissionamento, etc. é a realidade da qual o Banco do Brasil está passando.
Os ataques não param por aí, em plena crise a pandemia do coronavírus a direção do banco divulgou pela imprensa que planeja manter cerca de 10 mil dos seus 92,7 mil funcionários em trabalho Home office, ou seja, em casa. Segundo a assessoria de imprensa do banco, tal medida levaria a uma economia de R$ 180 milhões por ano com gastos imobiliários. Para o vice-presidente corporativo, Mauro Neto, “o emergencial está nas dando a oportunidade de olhar para dentro de casa e ver onde pode haver ganhos de eficiência” (Valor Econômico 22/06/220) Dados do banco mostram que “32 mil funcionários das áreas administrativas do BB estão trabalhando remotamente e o plano é que 30% desse contigente permaneça dessa forma alguns dias por semana” (idem). Ricardo Forni, diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio da instituição financeira, “prevê uma série de ganhos de eficiência. Entre elas, estão iniciativas em curso, como a mudança na forma de remuneração dos funcionários (dando mais peso ao componente variável)” (idem)
Na mesma matéria podemos observar que há por parte da direção golpista do banco, através de um programa denominado “Flex”, com o objetivo de redução de gastos na ordem de R$ 10 bilhões em dez anos, sendo grande parte dessa economia através da mudança do modelo de remuneração dos funcionários.
Ou seja, o banco pretende se aproveitar do momento da pandemia, como forma de modelo piloto para achatar, ainda mais, os já precários salários dos bancários que passaria a receber parte dos seus vencimentos dependendo do atendimento de metas de vendas de produtos do banco.
Não é por um acaso o banco declara que no trabalho home office vem melhorando a produtividade de algumas áreas e, também não é por acaso que no setor de atendimento dos Sindicatos dos trabalhadores bancários não para de chover denúncias de assédio moral por parte das chefias para aqueles que estão trabalhando em casa para que cumpram metas. É um terror constante, um fator que vem desencadeando tensão, estresse, depressão, etc.
A “iniciativa” do banco visa realizar uma operação de desmonte da empresa, visando enxugar “gastos” e as despesas preparando o banco para ser privatizado.
É necessário organizar, imediatamente, uma gigantesca mobilização para por fim os ataques da direita golpista aos trabalhadores; neste sentido é de fundamental importância a criação de Comitês de Luta em cada local de trabalho na defesa das empresas estatais e contra o golpe. Barrar a ofensiva da direita com a palavra de ordem que unifique todos os trabalhadores e a população em geral contra a política de terra arrasada dos banqueiros e seus governos. Fora Bolsonaro, Eleições Gerais já.