As organizações dos trabalhadores bancários, em todo o país, realizaram mobilizações nas dependências bancárias, dos principais bancos privados (Bradesco, Itaú, Santander), contras milhares de demissões na categoria, que já passam dos 12 mil, apenas neste ano. Contra tal política, de terra arrasada dos banqueiros, na última quinta-feira (29) foi realizado atos em diversas cidades, pelo Dia Nacional de Luta na Defesa do Emprego e Contra as Demissões.
Os banqueiros golpistas, numa demonstração do seu caráter ditatorial, passam por cima de acordo realizado com o movimento sindical, onde garantiram, no começo da pandemia do coronavírus, em não demitir enquanto persistir a contaminação, mas, ao contrário do acordado, estão demitindo em massa os trabalhadores. O Banco Bradesco, que lidera o ranking das demissões, demitiu, somente na cidade de São Paulo, 700 bancários nas últimas semanas. Dados divulgados pelo próprio presidente da empresa, Octávio Lazari, revela que 4 mil funcionários já saíram do banco e, com o projeto de fechamento de 1.100 agências até o final do ano, conforme declaração de Lazari, as demissões baterão novo recorde no próximo período. Os banqueiros imperialistas do banco espanhol, Santander, não deixariam por menos, desde o início da pandemia já foram jogados no olho da rua mais de mil trabalhadores e no Banco Itaú foram mais de 400 bancários que perderam os seus empregos em plena pandemia.
Os trabalhadores bancários, principalmente do setor privado, vêm sofrendo todo os tipos de arbitrariedades. Como grande parte do serviços vem sendo executados pelo sistema de trabalho remoto, além das demissões, aumentou, exponencialmente as pressões e assédio moral, feita pelos chefetes de plantão, exigindo dos bancários o cumprimento de metas; tal situação tem acarretado o índice muito elevado do nível de adoecimento na categoria, principalmente na área psíquica com o aumento do estresse, depressão, etc.
Não há dúvida que a política dos banqueiros e seus governos é de aprofundar os ataques à categoria bancária através de demissões em massa e o aumento da superexploração dos seus funcionários mesmo em tempo de pandemia.
Somente um gigantesca mobilização de toda a categoria poderá barrar tal ofensiva. Com o golpe de Estado, os banqueiros se sentiram a vontade para impor a sua política de terra arrasada contra os trabalhadores. Nesse sentido é necessário centrar força na luta que tenha como um dos seus objetivos principais a palavra de ordem que unifica o movimento dos trabalhadores: Fora Bolsonaro e todos os Golpistas.