Da redação – As bancadas do PT na Câmara e no Senado aprovaram na tarde desta terça-feira (21) a defesa da saída de Jair Bolsonaro da Presidência da República. A nova posição tem o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu em videoconferência com os congressistas do partido mais cedo.
A situação vem mudando dentro do partido, pois é fato que a maioria esmagadora da população quer o “Fora Bolsonaro”, e sendo assim, a ala direita, que tinha aprovado o “Fica Bolsonaro”, está sob muita pressão de toda classe trabalhadora.
Soma-se a isso o fato de que o golpista participou dos protestos contra o Congresso, o STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo novo AI-5 (ato institucional número 5), o instrumento que permitiu aos militares recrudescer a ditadura em 1968. E mais, a esquerda do partido, junto aos lideranças das bases, realizarem uma reunião online aberta pela política de derrubada no último sábado (18), forçando ainda mais a ala direita para a política correta.
As primeiras manifestações pela deposição de Bolsonaro passaram nas redes sociais de congressistas do PT nas últimas horas. Os deputados Enio Verri (PT-PR), líder da bancada, e Rogério Correia (PT-MG):
A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, explicou que a decisão tomada após o encontro virtual com o ex-presidente é uma indicação ao diretório nacional do partido, que decidirá se o partido embarca de vez na campanha pela queda de Jair Bolsonaro.
“Já há avaliação crescente de vários membros do diretório, amanhã deve ter uma manifestação em relação a isso”, disse. “Na realidade o Bolsonaro tem um rol de crimes, crime de responsabilidade, crime comum, crime eleitoral”, completou.
Quando questionada sobre a posição de Lula na luta atual, Gleise ainda deixou claro: “o presidente Lula sempre tem protagonismo, é a grande voz pública do partido dos trabalhadores, da esquerda, da oposição”.