A política de terra arrasada do governo golpista de extrema direita está conduzindo velozmente o país ao caos e ao abismo. Em todos os terrenos, em todas as áreas sob a responsabilidade do poder público, a situação é de abandono e catástrofe, onde todas as tendências apontam claramente para o aprofundamento da hecatombe social, com a pobreza e a miséria atingindo em cheio os trabalhadores e as camadas populares exploradas e pobres da cidade e do campo.
A explosiva crise sanitária vivenciada pelo País é o retrato fiel da incapacidade do governo burguês-golpista, alçado ao poder como resultado do golpe de Estado de 2016, em dar uma resposta, por mínima que seja, aos graves problemas nacionais que emergiram e se agravaram como produto da etapa de agudização da crise do capitalismo.
Todas as mais contundentes manifestações dessa crise estão em gestação no processo que se desenvolve no país, expressas na luta de classes entre a burguesia e suas diversas frações por um lado; e a classe operária, os trabalhadores e as massas populares, por outro. Um sintoma claro deste momento de total descontrole da situação é a ausência de qualquer medida efetiva para apresentar uma solução até mesmo para os problemas mais elementares de crise presentes na conjuntura.
Um setor que vem sendo objeto de preocupação do conjunto da sociedade diz respeito à crise energética que vem se manifestando de forma dramática no país. O recente apagão de enormes proporções e repercussão nacional ocorrido no pobre Estado do Amapá fez disparar o alerta em todas as demais regiões e unidades da federação. O governo Bolsonaro e seu ministro “chicago boy” Paulo Guedes, que não conhece outra palavra diferente de privatização, vem anunciando há meses que é necessário desestatizar a economia, o que significa que os golpistas estão preparando, para o próximo período, uma ofensiva ainda maior contra as empresas públicas e a economia nacional.
A Eletrobrás está à venda e junto com ela toda a infraestrutura que garante energia elétrica ao país se vê ameaçada. Os apagões já começam a fazer parte da paisagem nacional e a única resposta do governo entreguista é desfazer-se das empresas públicas que garantem energia aos brasileiros. Recentemente, em uma transmissão nas redes sociais, o presidente fraudulento Bolsonaro, fazendo alusão a mais um aumento na conta de energia, declarou que o brasileiro deve “apagar a luz e tomar banho mais rápido”.
Esta é a resposta dos golpistas ao estado de calamidade social que se avizinha. Diante da crise que avança meteoricamente, a extrema direita, a grande burguesia e o imperialismo apresentam o seu receituário catastrófico e trágico para o país: o ataque aos ativos nacionais, a entrega do patrimônio público ao grande capital imperialista, a liquidação das empresas públicas.
A luta contra as privatizações passa pela derrota do golpe e por um chamado à mobilização das massas populares, dos trabalhadores e da classe operária para colocar fim ao governo Bolsonaro e todos os golpistas, com a convocação de novas eleições e a garantia da candidatura presidencial do ex-presidente Lula.