Ameaça de genocídio

Aldeias não têm nem saneamento básico, nem água para beber

É preciso organizar os conselhos populares em cada comunidade para lutar contra a pandemia, os latifundiários e os golpistas

A pandemia do coronavírus tem um impacto desigual de acordo com as classes sociais da sociedade. Os efeitos negativos, a contaminação e a morte serão muito mais catastróficos para os setores oprimidos. No caso das populações indígenas, a ameaça de um verdadeiro genocídio é cada vez mais iminente. Os indígenas das comunidades de Jaguapiru e Bororó no Mato Grosso do Sul denunciam a falta de qualquer infra-estrutura básica nas aldeias necessária para a prevenção da doença.

De acordo com uma moradora de uma dessas comunidades a falta de água é uma constante. “Tem dia que a gente precisa escolher entre tomar banho e cozinhar. Assim fica muito difícil seguir as orientações que a gente ouve nas notícias”, conta a indígena.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário, o Cimi, na reserva de Dourados vivem 18 mil indígenas Guarani Kaiowá e Terena dividindo 3.475 hectares de área. A falta de estrutura é uma ameaça para a proliferação da doença.

Enquanto isso, o governo golpista de Bolsonaro e os órgãos ligados à assistência aos povos indígenas, como a Fundação Nacional do Índio, a FUNAI e a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena)  nada fazem para proteger os índios da doença, pelo contrário agem na defesa dos interesses dos latifundiários e dos ruralistas.

Nessa semana, por exemplo, a polícia militar invadiu o território da comunidade Xakriabá, localizada no norte de Minas Gerais. Os policiais, de maneira autoritária percorreram a comunidade, entrando em contato com os indígenas e passando por cima da política de isolamento defendido pelos organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde, a OMS.

No Brasil, os dados oficiais, os quais são sempre subnotificados, já são 6 casos de contaminação pelo coronavírus nas comunidades indígenas e duas mortes. A falta de condições adequadas é uma constante em todas as comunidades do país.

É preciso impulsionar a mobilização por meio da criação dos conselhos populares em cada aldeia indígena para exigir as condições necessárias para se enfrentar a pandemia em cada comunidade, organizar a auto-defesa contra a ofensiva dos ruralistas e seus lacaios e lutar também pela derrubada de todos os golpistas.

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