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Ocupar e não sair mais

A esquerda não pode fugir das ruas

Somente a reocupação das ruas e praças, em todas as regiões do país, é capaz de impor uma derrota de conjunto à extrema direita, barrando os intentos dos generais golpistas

Mais uma vez, a exemplo de tantas outras, setores da esquerda nacional passaram por um longo período de prostração diante da ameaça fascista da extrema-direita. Em todo o último período, parte da esquerda abandonou as ruas, permitindo que os fascistas reacionários avançassem, ganhando terreno, erguendo suas bandeiras e seus símbolos de opressão, violência e morte contra a classe operária, os trabalhadores e o conjunto da sociedade.

Neste momento, em que os golpistas vêm reiterando o desejo e a intenção indisfarçável em instalar no país um regime ditatorial fascista, por meio de um golpe militar, as ameaças são ainda mais explícitas, com os chefes militares do governo, quase que cotidianamente, declarando apoio a soluções golpistas, diante do avanço da crise e do colossal impasse em que se encontra o conjunto do regime político.

Nesse cenário de caos e destruição a que o país foi conduzido pelos que tomaram de assalto o poder, por meio do golpe de Estado de 2016, as massas populares e o conjunto da população pobre e explorada ensaiam uma vigorosa reação, retomando as mobilizações, realizando atos e manifestações nos quatro cantos do território nacional, em todas as regiões, nos Estados, em várias capitais e em muitas outras cidades.

Um setor da esquerda, no entanto, coerente com sua trajetória de capitulação e prostração diante da direita, não só não deseja e não quer que os atos antibolsonaristas se realizem, como vem atuando abertamente para desestimular e boicotar as mobilizações e os protestos contra a extrema-direita. São eles os representantes da esquerda parlamentar, institucional, cuja única “ação” não vai além de petições jurídicas, notas de repúdio e manifestos, instrumentos que sabidamente não servem para nada, e que não irão conter a ação extremista, agressiva e violenta da extrema-direita, apoiadora do presidente fascista Jair Bolsonaro.

É mais do que sabido, pois as experiências e os exemplos históricos estão aí para demonstrar que somente por meio de uma ação enérgica e determinada por parte do movimento de luta dos trabalhadores e das massas populares é possível barrar e impedir o avanço e as ações da extrema-direita. Os atos realizados na semana passada em algumas capitais (São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro) já mostraram qual é o caminho para enfrentar e derrotar os bolsonaristas e a direita que apóia o golpe e a ditadura.

Os defensores do imobilismo e dos atos virtuais, a esquerda “fica em casa”, argumenta que os atos presenciais estimularão Bolsonaro a intensificar a repressão e a ditadura. Nada disso, entretanto, condiz com a realidade. Há vários anos, a esquerda não realiza atos e ações de massa e isso não impediu que a extrema-direita ocupasse as ruas; ao contrário, a covardia da esquerda foi o elemento determinante para que a direita avançasse em seus intentos golpistas. Dessa forma, é totalmente descabida a tese sobre a qual se apóia a argumentação da esquerda. A única forma eficaz e que produz resultados eficazes contra a extrema-direita bolsonarista é a reação dos movimentos, das torcidas organizadas, do povo trabalhador voltando a ocupar as ruas do país. A covardia e o recuo, neste momento, só resultará em mais derrotas para a esquerda, para a luta dos trabalhadores e para a população pobre e explorada do país. Os atos virtuais, nesse sentido, cumprem somente o papel de conduzir a luta para o terreno institucional, ou mesmo para jogar água no moinho da “Frente Ampla”, instrumento para paralisar a ação de luta dos movimentos, condenando-os à derrota diante do bolsonarismo golpista, pois esse é o terreno onde a polarização pode ser contida, o que favorece, obviamente, os setores direitistas.

Dessa forma, a única saída progressista e viável para a crise econômica, sanitária e institucional vivenciada pelo país é o avanço da luta social de massas, o desenvolvimento da consciência dos trabalhadores e das camadas populares que se integram às mobilizações. Os atos e os protestos do próximo final de semana cumprem o objetivo de fazer avançar a luta dos setores pauperizados da sociedade, dos trabalhadores, dos setores proletarizados, esmagados pela política de fome e miséria da burguesia, dos golpistas, da extrema direita e do imperialismo.

 

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