Na última segunda-feira (dia 4), os trabalhadores metalúrgicos do Espírito Santo entraram em greve, paralisando suas atividades nas fábricas de todo o estado. Desde o golpe de Estado de 2016 os patrões ficaram mais ousados em seus ataques aos trabalhadores de todas as categorias em todo o Brasil. Ainda durante o governo golpista de Michel Temer, houve um ataque generalizado com a chamada “reforma trabalhista”, que atinge os trabalhadores como um todo.
Reivindicações dos trabalhadores
Na continuidade do governo golpista sob Jair Bolsonaro, a “reforma” da Previdência foi outro ataque histórico aos direitos dos trabalhadores, além de configurar um gigantesco roubo. É nesse cenário de ofensiva da direita que os patrões lançaram sua ofensiva contra os metalúrgicos do Espírito Santo. Por meio de sua página no Facebook, o sindicato da categoria denuncia que os patrões querem “entre outras coisas, cortar 50% dos salários, 50% do cartão alimentação, tirar seus familiares do plano de saúde e acabar com mais 33 cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho”. E conclui que todos devem aderir à greve para evitar que os patrões consigam fazer isso.
Organizados pelo Sindimetal-ES, filiado à CUT, os trabalhadores exigem reajuste salarial equivalente à inflação do período mais 5% de ganho real, piso profissional de R$ 3.500,00, cartão alimentação no valor de R$ 480,00, plano de saúde com custo zero para todos os metalúrgicos e seus dependentes, hora extra de 100% para dias úteis e 150% para finais de semana, feriados e dias de folga de turnos.
Patrões querem cortar tudo pela metade
Os patrões, por sua vez, por meio do sindicato patronal Sindifer, apareceram com uma pauta própria logo no começo das negociações, encorajados pela situação política nacional, conforme denunciou em vídeo no YouTube o diretor do Sindimetal-ES, Roberto Pereira. Em sua pauta própria, os patrões propõem rebaixar o piso profissional da convenção coletiva dos atuais R$2.617,82 para R$1.311,51. Além disso querem reduzir o auxílio alimentação para R$ 149, o que Roberto Pereira denuncia nesses termos: “eles querem que nossa família passe fome”.
Fora Bolsonaro!
É contra isso que os metalúrgicos estão reagindo, em plena ofensiva golpista, em mais uma demonstração de que há uma enorme tendência à mobilização contra a direita golpista. Essa mobilização é fundamental para derrotar a direita, não adianta esperar por eleições. Por isso devemos dar todo nosso apoio à luta dos metalúrgicos no Espírito Santo.
É a luta dos trabalhadores que pode derrotar a direita golpista, com a mobilização do povo nas ruas. Fora Bolsonaro!