Nesta quarta (17), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, disse à Folha de São Paulo que “só não quer controle do Judiciário quem quer Estado fascista e policialesco, que escolhe suas vítimas”.
Isso foi dito um dia após Toffoli atender o pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL) e suspender investigações criminais pelo país que usem dados detalhados de órgãos de controle (COAF, Receita Federal, Banco Central) sem ordem judicial.
O presidente do Judiciário continuou que essa medida:
“É uma defesa de todos os cidadãos, pessoas jurídicas e instituições contra a possibilidade de dominarem o Estado e, assim, atingirem as pessoas sem as garantias constitucionais de respeito aos direitos fundamentais e da competência do Poder Judiciário.”
Segundo Toffoli, a sociedade deve ser controlada pelo Judiciário. A farsa é que o Judiciário, do qual Toffoli é presidente, é o órgão mais antidemocrático, arbitrário e persecutório da República, justamente a serviço da extrema-direita para perseguir seus adversários (vide os processos contra Lula, sobretudo).
A sociedade não precisa de um poder moderador, mas sim da extinção do STF, da eleição direta para todos os juízes e a revogabilidade de seus mandatos, ou seja, de mais controle popular sobre toda e qualquer forma de poder do Estado.