Nesta terça-feira (17-09) às 22 horas, foi encerrada a primeira greve de uma categoria nacional (Correios) contra o governo golpista e fraudulento de Jair Bolsonaro.
O golpista e fascista Jair Bolsonaro ameaçou de morte a categoria dos Correios com a entrega da empresa para privatização.
A greve dos trabalhadores dos Correios, que teve início no dia 10 de setembro, em todos os Estados do país, terminou devido uma das maiores traições promovida pelos sindicalistas da categoria, ligados ao Bando dos Quatro (sindicalistas ligados ao PT, PCdoB, PSTU e diretoria do Sintect-MG LPS).
Os sindicalistas do Bando dos Quatro, que impediram a greve por três vezes na campanha salarial, argumentando que a categoria só deveria entrar em greve se os pelegos da Federação Fantasma (findect) entrassem também, uma vez que eles controlam o sindicato de SP e RJ, usaram novamente a suposta unidade pelega para todos abandonarem a greve, após audiência no TST (Tribunal Superior do Trabalho), no dia 12 de setembro.
Nessa audiência, os ministros biônicos do TST, que sempre julgam contra os trabalhadores, propuseram aos trabalhadores a rendição, ou seja, abandonarem a greve e esperar que o TST julgue o dissídio coletivo sem nenhuma pressão sobre a ECT, governo Bolsonaro e os próprios ministros golpistas.
Sem ganhar nada, sem nem mesmo conseguir da ECT um discurso de que não vai haver retiradas de direitos, ou até mesmo o recuo do governo golpista de que não vão privatizar a ECT, a burocracia sindical propôs aos trabalhadores abandonar a greve e seguir para o matadouro do TST de forma desarmada.
Colocaram toda categoria de volta ao trabalho, com os argumentos mais imbecis possíveis, como o de que a categoria permanece em “estado de greve”, que vão fazer abaixo assinados, comitês contra a venda dos Correios, romaria nos gabinetes dos deputados e retornar a greve etc etc.
A greve foi decepada pela burocracia sindical sem mesmo ela ter conseguido provocar outras categorias, que torciam pelos Correios como alavanca de suas próprias causas, já que também estão ameaçadas de privatização pelo governo golpista, como os petroleiros, bancários, processamento de dados, eletricitários etc .
Sem a greve, os trabalhadores dos Correios estão vulneráveis, estão sendo entregues a um governo controlado por golpistas e representantes do capital estrangeiro de mãos amarradas, por isso a orientação de por fim a greve é a maior traição de todos os tempos.
Os trabalhadores dos Correios precisam ultrapassar essas “direções sindicais” e estabelecer uma nova direção para retomar a luta, como única forma de sobrevivência.