Os atos do dia 15 de maio mostraram um verdadeiro movimento contra o governo Bolsonaro. Ao contrário do que apresentam algumas organizações de esquerda, não foi simplesmente manifestações em defesa da educação, mas um protesto geral contra os golpistas.
A avaliação da maioria das organizações do movimento operário e popular colocam a coisa em uma perspectiva simplista, como se fosse necessário limitar os protestos a ataques parciais do governo Bolsonaro, como os cortes no orçamento das universidades federais e assim por diante.
Trata-se de uma concepção errada. Para unificar todos os trabalhadores contra Bolsonaro é preciso unificar a luta em torno de uma reivindicação em comum. No caso, toda a população está sendo atacada pelo governo Bolsonaro, pelo golpe, pela fraude eleitoral e pela ditadura dos golpistas.
Nesse sentido, só será possível expandir as manifestações do dia 15 se o movimento for unificado em torno destas questões. É preciso exigir a reversão da fraude eleitoral, com a derrubada do atual governo e a realização de novas eleições, com a derrota do golpe, que passa necessariamente pela libertação de Lula e todos os presos políticos da ditadura dos golpistas
É preciso participar das próximas manifestações contra o governo, no dia 30 deste mês e no dia 14 de junho (greve geral) com as palavras de ordem que abordam a luta contra todos os golpistas, para unificar todos os trabalhadores em torno da luta geral contra a ditadura dos capitalistas.
Assim, as manifestações devem exigir a derrubada do atual governo – através do Fora Bolsonaro; a libertação do principal preso político do regime – liberdade para Lula; e a realização de novas eleições para reverter a fraude – Eleições Gerais! Apenas desta forma será possível reunir todos os trabalhadores em uma frente única contra os ataques dos golpistas, com um movimento amplo que derrote todas as medidas parciais da direita – reforma da previdência, ataques à educação, repressão nas cidades e no campo e assim por diante.