O número de pessoas assassinadas por policiais aumentou 4% no país, no primeiro semestre em comparação ao ano de 2018. Foram 2886 execuções, contra 2766 do último ano. Os números refletem o avanço da política de extermínio do povo levada a diante, e de maneira consequente, pela direita golpista, após as eleições fraudulentas do último ano, que levaram ao poder o presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro.
O número de policiais mortos, ao contrário, diminuiu, a queda foi de 55%. De 187 em 2018, para 85 neste ano. O que desmascara o discurso da direita de “confronto”. Não há qualquer confronto quando o número de mortos de um lado está na casa dos milhares e do outro em poucas dezenas, o que há, e os dados comprovam, é um verdadeiro extermínio do povo, um massacre aberto contra a população pobre e negra.
Os estados com maiores altas números de execuções são o Pará e o Rio de Janeiro. No Pará foram 322 pessoas assassinadas pela PM, uma alta de 56%. Já no Rio de Janeiro a cifra chega no número macabro de 885 pessoas executadas, 15% há mais que em 2018. O maior número desde o início deste levantamento em 1998.
O Rio de Janeiro é o estado que exemplifica de maneira mais acaba a política da extrema-direita e da direita golpista, com seu governador genocida Wilson Witzel. O banho de sangue é cotidiano, com a morte, inclusive, de inúmeros jovens e crianças. São Paulo, no entanto, do governador tucano, João Dória, não fica atrás. Foram 426 pessoas assassinadas, o segundo lugar, atrás apenas do Rio de Janeiro.
O avanço do golpe é o avanço do extermínio do povo. Ou se derrota a direita golpista nas ruas, ou extermínio irá prosseguir e aumentar. É preciso mobilizar a população agora, levantar a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Em conjunto, levantar a reivindicação democrática de dissolução da PM, verdadeiro instrumento de matar a população, criação das milicias populares controladas pelo povo.