Recebemos e reproduzimos abaixo a denúncia de racismo da professora da prefeitura de São Paulo, negra, Frida R. Santos Silva sobre atos discriminatórios de que foi vítima na última sexta-feira, dia 8 de novembro em agência bancária localizada na avenida Tibúrcio de Sousa no Itaim Paulista. Tal situação vivida pela professora Frida configura -se numa clara situação de perseguição, um verdadeiro abuso por conta de sua cútis. O movimento negro brasileiro precisa se levantar, assim como foi a demonstração de apoio da classe trabalhadora à Lula, no último fim de semana por conta de sua libertação e lançar uma clara plataforma de lutas contra os abusos e sofrimentos que o povo negro sofre a todo minuto pelo Brasil afora. A luta contra o racismo só vingará com um amplo levante organizado do povo negro, não serão as instâncias do Estado, como alguns setores do movimento negro defendem que assegurarão a dignidade ao povo negro, basta vermos a PM, que também neste caso queria transformar a vítima em réu.
Segue:
“Ontem fui ao banco fazer uma transferência, pedi para a pessoa que estava passando as senhas para que ela passa-se as senhas de quem ia aos caixas, já que outras pessoas demorariam mais para serem atendidas em razão de atividades mais complexas. O rapaz questionou, mas me atendeu. Porém ao tentar entrar no banco pela porta giratória fui barrada 8 vezes, mesmo não portando nada de metal, fiquei alterada pois estava sendo constrangida. O segurança do banco mesmo depois de eu colocar todos os pertences na caixinha disse que eu não iria entrar, porque eu era folgada. Eu disse que entraria e somente depois de muita resistência a gerente Karen, disse que eu não ia entrar na agência e que iria chamar a polícia disse que poderia chamar. Ao chegar o policial disse que eu deveria acompanha los à delegacia, eu falei que não iria. Iria somente depois para registrar boletim de ocorrência contra os funcionários da agência, pois entendo que houve discriminação com a minha pessoa. Inclusive este não sendo o primeiro episódio nesta agência comigo de atos discriminatórios. No mês de junho o funcionário me obrigou a sair da agência com R $ 5.000,00 na bolsa, pois não fariam a transferência eletrônica em razão de eu ter feito a portabilidade para o banco Itaú. Em 12 de maio de 2012, fato semelhante já havia ocorrido então preciso que haja justiça. Pois o mínimo que as pessoas merecem é respeito. ”